quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mitos e verdades da aids

Apesar da evolução nas formas de tratamento e prevenção, a aids continua sendo uma ameaça significativa aos brasileiros. Estima-se que existam entre 460 mil e 810 mil pessoas contaminadas pelo vírus, de acordo com as Nações Unidas.

Uma as principais formas de combater a doença é o investimento em prevenção, afirmam os especialistas. “Outra forma é com o diagnóstico precoce, para que o tratamento comece cedo e impeça que o vírus faça a doença se manifestar”, afirma o sanitarista Artur Kalichman, adjunto do Programa Estadual DST/AIDS.

Por conta do Dia Mundial de Luta contra AIDS, celebrado hoje (1/12), acontece em São Paulo a campanha “Fique Sabendo”, com testes rápidos em gratuitos em diversas cidades.

Mesmo com o primeiro diagnóstico da doença feito há quase 30 anos, ainda existem dúvidas e muito preconceito em torno da epidemia. O iG reuniu uma série de mitos e verdades, com material de entrevistas e do departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Tire suas dúvidas!

AIDS e HIV são a mesma coisa.
Errado. AIDS é a doença causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico do portador. É possível passar muitos anos com o vírus e sem a doença manifestada. Mas isso não impede sua transmissão por relações sexuais ou pelo contato com sangue contaminado.

Ainda existem grupos de risco.
Errado. Hoje existem comportamentos de risco, como sexo desprotegido, uso de drogas injetáveis, contato com sangue ou com objetos cortantes contaminados. A ideia dos grupos de risco surgiu no início da epidemia, quando a doença se alastrava entre homossexuais, hemofílicos e dependentes químicos. Mas essa distinção logo se mostrou inapropriada.


Sexo oral transmite HIV.
Certo. O contato com os fluídos durante o sexo oral pode transmitir o vírus HIV. Tal prática deve ser realizada com preservativo.

O risco de contágio pelo sexo anal é maior.
Certo. Como a mucosa anal é mais frágil do que a vaginal, o risco de contágio é maior.

Toda gestante soropositiva vai transmitir o vírus HIV durante o nascimento.
Errado. É possível evitar a transmissão vertical (de mãe para filho) com pré-natal adequado. A mãe deve ter baixa carga viral e boa imunidade. São ministrados antirretrovirais ao longo da gestação.

A camisinha é segura contra o vírus HIV.
Certo. Estudos norte-americanos já ampliaram o látex, material do preservativo, em 30 mil vezes e não detectaram nenhum poro pelo qual o vírus pudesse passar. A camisinha continua sendo o método preventivo mais recomendado porque também evita outras doenças sexualmente transmissíveis e serve como forma barata e simples de evitar uma gravidez indesejada.

A manifestação da AIDS pode ser fatal para o portador.
Certo. A doença é marcada pela fase mais avançada da infecção, quando a imunidade se torna muito baixa e permite o ataque de doenças oportunistas. Debilitado, o paciente pode não resistir a problemas como hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Mas há como impedir isso. Se o vírus for detectado na fase em que os sintomas não se manifestaram, é possível começar o tratamento para fortalecer o sistema imunológico e enfraquecer o vírus. Por isso é recomendado o teste sempre que a pessoa for exposta a alguma situação de risco.

Uma pessoa pode ser acusada na Justiça de transmitir o vírus HIV ao seu parceiro.
Certo. Existe essa possibilidade, mas ela requer algumas condições bem específicas. É preciso provar que houve intenção de contaminar o parceiro e que ele foi, de fato, contaminado ou exposto ao risco. A questão é polêmica e divide especialistas. O Ministério da Saúde, por exemplo, é contrário à criminalização do portador por julgar tal postura favorável ao aumenta da discriminação.

Quem é portador do HIV deve sempre revelar sua condição.
Errado. Como existe muita discriminação em torno da aids, os especialistas recomendam revelar a condição apenas quando o portador se sentir seguro para isso. O mesmo vale para relações amorosas, embora revelar a situação ao parceiro seja uma forma de compartilhar as dificuldades e de ter apoio contra a doença.

A AIDS também ameaça pessoas casadas ou em relacionamentos estáveis.
Certo. “A sociedade ainda é muito machista e permite ao homem determinados comportamentos não permitidos às mulheres”, afirma o sanitarista Artur Kalichman, adjunto do Programa DST/AIDS. Ele explica que as relações extraconjugais, muitas vezes, são a causa da entrada do vírus em relações estáveis. Cabe ao casal, segundo ele, estabelecer formas de prevenção e elos de confiança.

Os homossexuais têm uma prevalência alta do vírus HIV.
Certo. “Ela está em torno de 10% no País”, conta Kalichman. “Não é discriminação, é uma constatação que nos mostra a necessidade de políticas públicas voltadas a este público”, completa.

A circuncisão reduz o risco de contágio do HIV.
Certo. Pesquisas indicam que a circuncisão pode reduzir em cerca de 50% o risco de contágio em homens heterossexuais. Contudo, a melhor forma de prevenção ainda é o uso de preservativos.

Um beijo na boca pode transmitir HIV.
Errado. Isso só vai acontecer se a pessoa estiver com sangramento considerável, pois a saliva tem várias substâncias prejudiciais ao vírus. O risco é menor de 0,1%.

O “coquetel do dia seguinte” pode impedir o contágio após exposição ao vírus.
Certo. Mas nem sempre a medida é eficaz. Os antirretrovirais são usados na prevenção da transmissão vertical (mãe para filho, no nascimento) e em caso de violência sexual e de exposição de profissionais de saúde. Seu uso deve ser feito até 72 horas após a exposição.
Fonte: IG
http://hivempauta.wordpress.com/tag/aids/
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Pesquisadores desenvolvem nova vacina contra aids; confira mitos sobre doença

Uma equipe de pesquisadores espanhóis criou um protótipo de vacina contra o HIV “muito mais potente” que os desenvolvidos até agora ao redor do mundo e que conseguiu uma resposta imune para 90% das pessoas sadias que foram expostas ao vírus.

A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira (28) em entrevista coletiva pelos responsáveis pela pesquisa, Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC); Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, e Juan Carlos López Bernaldo de Quirós, do Hospital Gregorio Marañón de Madri.

Após manifestarem uma grande eficácia em ratos e macacos, os testes começaram a ser aplicados em seres humanos há cerca de um ano. Nesta primeira fase, a vacina foi aplicada em 30 pessoas sadias, escolhidas entre 370 voluntários.

Durante o teste, seis pessoas receberam placebo e 24 a vacina. Estas últimas apresentaram “poucos” e “leves” efeitos secundários (cefaleias, dor na zona da injeção e mal-estar geral). Por isso, é possível afirmar que “a vacina é segura para continuar com o desenvolvimento clínico do produto”, ressaltou Quirós.

Em 95% dos pacientes, a vacina gerou defesa (normalmente atinge 25%) e, enquanto outras vacinas estimulam células ou anticorpos, este novo protótipo “conseguiu estimular ambos”, destacou Felipe García.

Para completar, em 85% dos pacientes as defesas geradas se mantiveram durante pelo menos um ano, “que neste campo significa bastante tempo”, acrescentou.

Na próxima etapa, os pesquisadores realizarão um novo teste clínico, desta vez com voluntários infectados pelo HIV. O objetivo é saber se o composto, além de prevenir, pode servir para tratar a doença.

“Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV para ver se serve para curar. Geralmente, os tratamentos antirretrovirais (combinação de três remédios) devem ser tomados rigorosamente, algo insustentável em lugares tão afetados pela aids como a África”, apontou García.


O protótipo da vacina, batizado como MVA-B, recebe o nome do vírus Vaccinia Modificado Ankara (MVA, na sigla em inglês), um vírus atenuado que serve como modelo na pesquisa de múltiplas vacinas Até agora, o único teste de vacina contra o HIV que chegou à terceira fase foi realizado na Tailândia. As duas primeiras fases testam a toxicidade do composto e sua eficácia, enquanto a terceira e a quarta examinam a posologia do remédio.

O protótipo da vacina, patenteado pelo CSIC espanhol, está sendo elaborado para combater o subtipo B do vírus da aids, de maior prevalência na Europa, Estados Unidos, América Central e do Sul, além do Caribe. Na África e Ásia, o vírus mais comum é o subtipo C.

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Ativistas do Mercosul defendem parceria para compra e venda de antirretrovirais

Enquanto no Brasil são produzidos nacionalmente vários medicamentos que compõem o coquetel antiaids e, no caso de importação, a grande quantidade comprada pelo governo possibilita melhores condições de preços, em outros países da América Latina o custo dos antirretrovirais – essenciais para vida das pessoas com HIV – é bem mais alto.
Reunidos em São Paulo nessa sexta e sábado para a reunião do Fórum Mercosul, representantes da sociedade civil que atuam contra aids no Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile, Venezuela, Peru e Uruguai defenderam a possibilidade de uma negociação conjunta na compra de antirretrovirais importados, assim como a criação de meios que facilitem a venda do produto entre os países da América do Sul.
A ideia foi partilhada pela presidente do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (GAPA) de São Paulo, Áurea Abbade, aos internautas que assistiram ao programa Cidadania em Destaque neste domingo.
Além de Áurea, que é uma das organizadoras do Fórum Mercosul em São Paulo, participaram do programa transmitido pela AllTV, Mario Burgos, ativista na Argentina; Andrés Caballero (Bolívia), Mirta Diaz (Paraguai), Julia Campos (Peru), e Marisol Alves (Uruguai).
Entre os principais interesses em comum na região estão a sustentabilidade do tratamento antirretroviral e a prevenção do HIV nos jovens, sobretudo nas mulheres, e nos idosos.
De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids) – órgão que financiou o Fórum Mercosul em São Paulo -, a prevalência média do HIV na região é bem parecida, variando, por exemplo, de 0.2% e 0.3% da população adulta na Bolívia e Paraguai, respectivamente, a 0.5% e 0.6% na Argentina e no Brasil.
O programa Cidadania em Destaque, produzido pelo Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo, é apresentado pelo Presidente dessa rede de organizações não governamentais, Rodrigo Pinheiro, e transmitido sempre aos domingos às 11h.
Fonte: Agência de Notícias da AIDS

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Seminário nacional sobre a epidemia de AIDS no Brasil acontecerá em Salvador

Trinta anos se passaram desde que o vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi relato pela primeira vez ao mundo. Para promover o debate sobre esse período histórico e traçar reflexões mais embasadas sobre os rumos do HIV/Aids, que hoje é considerada uma pandemia,  pesquisadores de todo Brasil e representantes de movimentos sociais se reunirão em Salvador no I Seminário Nacional sobre Dilemas Contemporâneos da Epidemia da AIDS, no Hotel Pestana, entre os dias 11 e 14 de outubro.
De acordo com o Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS da Bahia (GAPA-BA), organizador do evento, um dos motivos que preocupam os especialistas é o fato de que o índice de mortalidade por HIV no Brasil ainda é preocupante. A doença atinge principalmente jovens de 13 a 24 anos. De acordo com dados do último boletim epidemiológico, nos últimos 10 anos foram registrados uma média de 589 óbitos, por ano, somente entre jovens.
As mesas temáticas, palestras e debates deverão também abordar os avanços no tratamento, especialmente com a criação de novos remédios. Além disso, os impactos sociais, como a questão do respeito aos Direitos Humanos,  a difusão da informação no sentido de fortalecer a prevenção e o papel hoje cumprido pelas políticas públicas também terão destaque na programação. A expectativa é que o encontro, que conta com a parceria do Departamento Nacional de DST-HIV/Aids e a Coordenação Estadual de DST/AIDS da Bahia,  reúna 250 participantes.
Para maiores informações sobre inscrição, o interessado em participar pode entrar em contato com a organização através do número (71) 3328-9200 ou pelo email encontros2011@yahoo.com.br.
Fonte: Correio 24 Horas

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Número de casos de Aids preocupa saúde pública

O último Censo do IBGE indica que o Estado (PR) tem 1.316.554 de habitantes com mais de 60 anos (números de 2010). Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério Público do Paraná, através do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos do Idoso, quando foi feita uma avaliação sobre a situação da população idosa paranaense. O levantamento feito pelo MP-PR, em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso e a Associação dos Municípios do Paraná, traz dados a respeito das políticas públicas que cada cidade paranaense tem adotado para atender essa faixa da população, informações sobre os conselhos municipais de direitos dos idosos e entidades de longa permanência (asilos), formas alternativas de asilamento, entre outras.
Em Ponta Grossa vivem cerca de 20 mil pessoas com idade acima dos 60 anos, conforme dados do IBGE de 2010. Mas, apesar das várias atividades desenvolvidas, o município não conta com um Conselho do Idoso. E uma das maiores preocupações dos setores de saúde é com o aumento das doenças sexualmente transmissíveis entre este público. Com as melhorias das condições de vida os idosos estão mais saudáveis e sexualmente mais ativos e isso acaba gerando alguns riscos.
Fonte: JMNEWS

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Exercícios ajudam a controlar efeitos colaterais do tratamento de Aids

Uma pesquisa da Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto comprova que a prática regular de exercícios físicos ajuda a melhorar a qualidade de vida de portadores de HIV e atenua os efeitos colaterais de remédios usados no tratamento da Aids.
A prática de exercícios controla a lipodistrofia – distribuição irregular da gordura pelo corpo – causada pelos remédios e que atinge 50% dos pacientes com Aids.
“Há dois tipos de lipodistrofia”, afirma a orientadora da pesquisa, Ana Paula Moraes Fernandes. “Pode haver a diminuição da gordura da face, dos braços, das pernas e das nádegas ou, por outro lado, pode haver o acúmulo de gordura”, explica.
Os pacientes também podem desenvolver arteriosclerose, doenças cardiovasculares e ter infartos ou derrame, além de diabetes porque aumenta a glicemia.
A pesquisa, que começou em junho de 2010, monitora os índices de colesterol e triglicérides antes e depois de três meses de exercícios, somando 36 sessões. Os exames devem seguir até junho de 2013, em 40 pacientes.
Os resultados até o momento mostram que as taxas diminuem e o sistema imunológico é fortalecido. Também houve uma distribuição da taxa de gordura pelo corpo.
O autônomo Ruy Rego Barros participou da pesquisa e atestou os resultados. Depois de um mês de exercícios, pode suspender um medicamento para o controle do triglicérides.
Segundo os pesquisadores, os exercícios também melhoram a auto-estima dos pacientes, o que nterfere diretamente no sucesso do tratamento dos sintomas da Aids.
Fonte: EPTV

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