quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SEJA VOCÊ UM VOLUNTÁRIO.

O QUE SIGNIFICA SER VOLUNTÁRIO Ser voluntário pode ter diversos significados dependendo do ponto de vista: Do ponto de vista pessoal, ser voluntário é descobrir que não vivemos sozinhos neste mundo e que as pessoas (nós e eles) têm vida própria e suas próprias vontades e necessidades. Ser voluntário é sentir a vontade de ajudar os outros, principalmente os mais necessitados. É ver que, mesmo tendo pouco, sempre temos alguma coisa que podemos dar. Mesmo que esta coisa ainda nos seja necessária, o carente tem mais necessidade do que nós. Do ponto de vista da comunidade, ser voluntário é ser humilde, ser abnegado, não ser egocêntrico e ter uma grande vontade e disposição para ajudar o próximo. É ser carismático, um ser especial que atua na comunidade e ajuda a melhorar a qualidade de vida da comunidade. É ser um agente de transformações que mesmo fazendo um trabalho de formiguinha (que não aparece) acredita e consegue fazer com que o outro suba na vida, saia do "buraco" em que vive e tenha uma vida honrada de cidadão pleno. Ser Voluntário é ter a capacidade de prestar um serviço profissional e não esperar pelo seu pagamento (em dinheiro). Um dentista, por exemplo, destina uma parte do seu tempo para atendimento odontológico para crianças carentes. Uma professora de matemática vai todos os sábados à tarde em uma favela para dar aulas de recuperação. Ser Voluntário é ficar feliz com a felicidade dos outros e saber que você ajudou um pouco para que isso acontecesse. Ser Voluntário é ser solidário, compreender o valor da solidariedade humana. O valor da solidariedade cresce na medida em que há correspondência entre o ato solidário e as pessoas que se beneficiam deste ato. Como já dizia O Pequeno Príncipe: "Se eu sei que você vem as quatro, desde as três estarei à sua espera". Não adianta produzir o ato de solidariedade apenas uma vez. O Pequeno Príncipe também dizia: "Você é responsável pelo que cativa". Um grupo de adolescentes vai ao hospital todas as quintas-feiras à tarde para "bater-papo" com as pessoas internadas. Muitas pessoas internadas não recebem visitas de amigos ou de parentes e se sentem muito só e abandonadas. Do ponto de vista legal, existe até uma Lei do Voluntário - Lei Nº 9.608 de 18/02/1998 http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/L9608.htm

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cura da aids é sucesso, mas não para todos, dizem especialistas

O anúncio de que um paciente com aids foi curado foi recebido com alegria pelas publicações especializadas internacionais. Contudo, a maioria destacou que o tratamento a que o norte-americano Timothy Ray Brown foi submetido só pode ser repetido em casos muito especiais. Brown foi curado depois de passar por dois transplantes de medula de um doador que possui uma mutação que o torna imune à aids. Suas células não possuem a proteína CCR-5, que permite que o HIV infecte as células de defesa do organismo. Tantas variáveis fizeram com que a revista britânica New Scientist ressaltasse o trecho da pesquisa do médico alemão Gero Huetter, responsável pelo tratamento, onde fica claro que a cura se aplica, por enquanto, apenas a Brown. “Notem as palavras cruciais ‘a cura foi conquistada neste paciente’”, escreveu o periódico. “Embora seja uma notícia fantástica para Brown, ainda está longe qualquer tratamento em larga escala para as milhões de pessoas infectadas pelo vírus em todo o mundo”, concluiu a revista. No blog do médico Sanjay Gupta, apresentador de um programa de saúde na rede norte-americana de TV CNN, são apontadas as mesmas questões levantadas pela New Scientist, como a impossibilidade de se repetir a terapia bem-sucedida a outros portadores de HIV. O texto também chama atenção para o alto risco representado pelos transplantes de medula: quase um terço dos pacientes morre durante o procedimento. Em entrevista ao jornal The New York Times, o médico Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, disse que o resultado não é surpreendente, mas que uma terapia do gênero “é simplesmente impraticável.” Robert Gallo, diretor do Instituto de Virologia Humana da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, e um dos responsáveis pela descoberta de que o HIV é o causador da aids, também disse ao jornal que a pesquisa não é viável em larga escala. “Francamente, preferiria continuar tomando os antirretrovirais”, afirmou. O jornal ainda lembrou que desde a década de 1980 os cientistas tentam curar a aids com transplantes de medula. Um dos casos mais famosos foi o de Jeff Getty, paciente que recebeu a medula de um babuíno. Ele sobreviveu onze anos, mas morreu de aids e câncer. O transplante não o protegeu, mas os antirretrovirais prolongaram sua vida. Leia mais: http://www.aidshiv.com.br/cura-da-aids-e-sucesso-mas-nao-para-todos-dizem-especialistas/#ixzz19Rb8rji6

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Grupo alemão anuncia provável cura de portador de HIV com uso de células-tronco

Ainda é tudo muito preliminar e os próprios cientistas estão com um pé atrás, mas um grupo alemão acredita ter evidências de cura de um paciente norte-americano com Aids utilizando células-tronco adultas. Timothy Ray Brown, 44, que vive em Berlim, tinha também leucemia, e por isso recebeu as células-tronco, retiradas da medula óssea de um doador. O doador das células que Brown recebeu no transplante tinha uma mutação: não produzia a proteína CCR5, fundamental para a multiplicação do vírus HIV no organismo humano. Após o transplante em 2007, o paciente foi acompanhado pelos pesquisadores da Universidade de Medicina de Berlim. Em 2009, eles publicaram um artigo científico que falava no “sumiço” do vírus HIV. Agora, na revista científica “Blood”, já falam de “evidência de cura”. Os pesquisadores lembram que, como o estudo envolve somente um paciente, é necessário ter cautela antes de dizer com certeza que se chegou a uma cura para a Aids. É necessário repetir o trabalho muitas vezes ainda para que se tenha conclusões mais concretas. Além disso, transplantes de medula são arriscados. Brown, por ter leucemia, teria de fazer um de qualquer jeito, mas submeter pacientes com Aids ao tratamento seria perigoso, ainda mais sabendo que hoje é possível sobreviver muitos anos sendo portador de HIV. Fonte: Folha Online

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Paranaguá lidera casos de aids

A cidade de Paranaguá, no litoral do estado, lidera um ranking triste: tem a maior incidência de aids do Paraná. A cada 100 mil ha­­bitantes, 30 têm a doença, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde. Embora já tenha registrado números maiores – em 2006, o índice era de 73,6 casos a cada 100 mil habitantes –, a situação ainda é preocupante, visto que o município, de 140 mil habitantes, registra uma incidência quase seis vezes maior do que a média nacional, que é de 5,61 casos. Somente no ano passado, o Ambulatório de DST/aids do município notificou 150 novos casos. Desde 1984, quan­­do surgiu o primeiro caso da doença no Paraná, Paranaguá já registrou 1.147 casos. A condição de cidade portuária é uma variável importante para a elaboração de estratégias de prevenção da doença em Pa­­ranaguá. “O fato de o município ter uma área de porto certamente contribui para esses nú­­meros. A cidade faz divisa com o mundo todo, e para cá vêm pessoas as mais variadas, algumas conscientes da importância da prevenção, e outras não”, opina a diretora do Departa­mento de Vigilância Epide­mio­lógica do município, Isa­bele An­toniacomi. A professora do curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Fa­­biana Schuelter Trevisol, autora de uma tese de mestrado sobre a infecção por HIV de prostitutas na cidade portuária de Imbituba (SC), explica que as cidades com porto, por registrarem alta transição de marinheiros, costumam atrair mais profissionais do sexo. “A oferta é maior porque há quem consuma esse serviço e, embora as prostitutas estejam mais conscientes, ainda há muitas que não se previnem. Além disso, nesses locais, há maior comercialização de drogas ilegais, o que aumenta o consumo de drogas injetáveis, outro comportamento de risco que facilita o contágio.” O diretor da ONG Hipupiara, de São Vicente, no litoral paulista, que representa os direitos de portadores que vivem na Bai­xada Santista e arredores, Beto Volpe, concorda. “A figura do marinheiro como aquele ho­­mem que tem um amor em cada porto já é emblemática. Ele passa dias embarcado, e quando volta para terra, ele quer diversão, na maioria das vezes, por meio do sexo, e nem sempre de modo seguro. Isso vale também para o embarcado que consome drogas”, comenta. A relação entre os números altos de casos e os portos pode ser comprovada pelo último Bo­­letim Epidemiológico de aids, divulgado pelo Ministério da Saúde em novembro de 2009: entre os 100 municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes que apresentam maior incidência da doença, 17 são portuários. A campeã nesse ranking é Porto Alegre, com 111,5 casos pa­­ra cada 100 mil pessoas. Parana­guá ocupa a 97.ª posição. Negligência Para a coordenadora do Am­­bulatório de DST/aids do município, Carla Neri, outra explicação para o alto número de casos é a recusa da população em fazer testes. “Muitos acreditam que isso nunca vai acontecer com eles, se recusam a fazer o teste e, assim, não sabem se têm a doença, fazem sexo sem camisinha e acabam contaminando outras pessoas”, argumenta. A coordenadora afirma que muitas mulheres casadas, hoje o grupo mais vulnerável, só descobrem a doença quando estão grávidas, pois a realização do teste é obrigatória em casos de gravidez. “Ainda há muito preconceito, embora haja bastante informação. Enquanto isso persistir, junto com a ideia de que isso só ocorre com o vizinho, va­­mos continuar a ver os índices crescerem.” Apoio da família a portador é tão importante quanto médico Tão importante quanto prestar assistência médica a quem tem a doença é propiciar um ambiente acolhedor para doen­­tes e familiares. Essa é a filosofia de grupos como a Pas­­toral da Aids de Paranaguá, há cinco anos em atividade e que hoje atende mais de cem pessoas, entre portadores e parentes. “Quando a pessoa descobre que está com o vírus, ela precisa muito da família. Por isso, convidamos todos a vir até aqui e falamos da importância desse apoio”, conta a coordenadora Sueli Ferreira. A discriminação é o maior desafio. “O preconceito dificulta a prevenção, pois a pessoa acha que isso nunca vai acontecer com ela e acaba passando o vírus para frente”, co­­menta a ativista Isabel de Frei­­tas. Ex-garota de programa, ela relata um episódio que ilustra bem essa situação. “Meus vizinhos sabiam que eu tinha o ví­­rus e me isolavam. Um dia um cachorro me mordeu e eles queriam matá-lo com medo de que ele contaminasse outras pessoas pela mordida. O pessoal da saúde precisou fazer uma palestra no bairro para acalmá-los.” O grupo também luta pela construção de uma casa de apoio ao portador. Hoje não há um local onde os pacientes de outras cidades possam fazer as refeições ou descansar durante a estada em Paranaguá. “Mui­tos vêm cedinho de cidades vi­­zinhas e têm de esperar a consulta na rua, sem nada no estômago”, lamenta a voluntária Elai­­ne Gonçalves. Vírus mutante Numa região portuária, onde há circulação de pessoas do mundo todo, abrir mão de um comportamento seguro pode ser ainda mais arriscado. Isso porque a mistura de um vírus típico da população local com o de pessoas de outros países pode gerar mutações que tornem ainda mais difícil a criação de uma vacina anti-HIV específica para aquele país. “O que se notou ao realizar a genotipagem do vírus é que o nosso país, no início da epidemia, possuía um vírus do tipo B, mas que, ao longo dos anos, começou a aparecer por aqui o tipo C”, afirma a pesquisadora Fabiana Trevisol. “A circulação de pessoas propiciada pelos portos foi decisiva para a mutação.” Por isso, a articulação das autoridades portuárias é fundamental para erradicar esse problema, garante Fabiana. Al­­gumas das medidas de prevenção sugeridas por ela às em­­pre­sas e governos são a realização de palestras e distribuição de pan­­fletos em inglês aos ma­­ri­nheiros sobre a importância da camisinha e seringas pessoais. Prostituição a R$ 1,99 Apontadas como as principais disseminadoras do vírus entre a população, as garotas de programa de áreas ao redor do porto negam a responsabilidade. “A maioria se recusa a fazer sexo sem camisinha”, garante a gerente de uma boate, Kalin­ka Francisca. Segundo ela, as ‘meninas de R$ 1,99’ são as prin­­cipais disseminadoras. “Essas não são profissionais, e se vendem por qualquer tostão para comprar droga, sem se preo­­cupar com aids”, opina. E emen­­da: “Nunca enterrei ne­­nhuma menina minha vítima de aids”. (VP) Fonte: Gazeta do Povo Leia mais: http://www.aidshiv.com.br/paranagua-lidera-casos-de-aids/#ixzz187nY5Ihl

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ONG oferecerá curso de informática básica 

Assistir a uma palestra sobre prevenção e não discriminação de pessoas com HIV/Aids é o pré-requisito para conseguir uma vaga no curso de informática básica que o Grupo Amigos – uma das 23 organizações não-governamentais parceiras da Prefeitura no setor - abrirá em janeiro, em sua sede, na Vila Lindoia. A inauguração do espaço onde serão dadas as aulas aconteceu nessa terça-feira (30), com a presença da secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas.

O curso é grátis e aberto aos moradores da região interessados em aprender informática. Inicialmente, serão ofertadas oito vagas por turno. Ele foi estruturado com o apoio do Consórcio Conpar, que reformou e equipou o espaço, e da empresa de informática Microsoft, responsável pelo programa Caia na Rede. “Desde que tenhamos vagas em aberto e os candidatos assistam à nossa palestra, está tudo certo”, diz o presidente da entidade, Douglas Miranda. “É uma bonita parceria entre saúde e educação”, elogiou Eliane.


http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/ong-oferecera-curso-de-informatica-basica/21263