terça-feira, 31 de julho de 2012

Mais 34 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, afirma ONU

A África Subsaariana registra o maior número de pessoas infectadas, com 23,5 milhões, seguida pela Ásia Meridional e Sul-oriental, com 4,2 milhões
Relatório divulgado nesta quarta-feira (18) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) indica que 34,2 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, sendo 30,7 milhões de adultos, 16,7 milhões de mulheres e 3,4 milhões de menores de 15 anos.
A África Subsaariana registra o maior número de pessoas infectadas, com 23,5 milhões, seguida pela Ásia Meridional e Sul-oriental, com 4,2 milhões. A Oceania tem a menor estimativa com 53 mil infectados. Na América Latina, são 1,4 milhão.
Dados indicam ainda que, em 2011, 2,5 milhões de novas infecções foram identificadas no mundo, sendo 2,2 milhões em adultos e 330 mil em menores de 15 anos. O número representa mais de 7 mil novas infecções por dia e 97% delas foram notificadas em países de baixa e média renda.
A África Subsaariana lidera o ranking com 1,7 milhão de novas infecções. Em seguida, aparecem a Ásia Meridional e Sul-oriental (300 mil) e a Europa Oriental e Ásia Central (170 mil). Na América Latina, 86 mil pessoas foram infectadas pelo vírus em 2011.
Já as mortes provocadas pelo HIV no mesmo período totalizaram 1,7 milhão, sendo 1,5 milhão entre adultos e 230 mil entre menores de 15 anos de idade. Na América do Norte, 20 mil pessoas morreram no ano passado em decorrência do HIV; na região do Caribe, 10 mil; na América Latina, 57 mil; na Europa Ocidental e Central, 9,3 mil; na Europa Oriental e Ásia Central, 90 mil; na Ásia Oriental, 60 mil; na Ásia Meridional e Sul-oriental, 270 mil; no Norte da África e Oriente Médio, 25 mil; na África Subsaariana, 1,2 milhões; e na Oceania, 1,3 mil.
O coordenador do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, explicou que o alto número de pessoas com HIV no mundo é reflexo da queda das mortes provocadas pela doença, sobretudo em razão da ampliação do acesso a medicamentos antirretrovirais.
“São pessoas que estão vivendo mais e não morrendo, como antes”, disse. “Esta é a primeira vez que a ONU publica um relatório com uma perspectiva positiva, de que poderemos alcançar em 2015 o controle da epidemia”, completou.
Ele destacou a queda de registros da doença na África Subsaariana, resultado pouco esperado diante das perspectivas apresentadas nos anos 1980 e 1990. Mas ressaltou que a doença avança na Rússia e na Ásia Central.
Chequer alertou também que as mulheres representam quase a metade do contingente de pessoas que vivem com HIV no mundo. Segundo ele, há preocupação, em particular, com as novas infecções entre mulheres e homossexuais jovens.
http://www.gazetadopovo.com.br/saude/conteudo.phtml?tl=1&id=1276429&tit=Mais-34-milhoes-de-pessoas-vivem-com-HIV-no-mundo-afirma-ONU

Nobel de Medicina diz que cura da aids está à vista

Françoise Barre-Sinoussi citou o caso de paciente de Berlim que parece ter sido curada por um transplante de medula óssea, "o que prova que encontrar uma maneira de eliminar o vírus do corpo é realista"
A virologista francesa Françoise Barre-Sinoussi, que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 2008 como parte de uma equipe que descobriu o vírus da imunodeficiência humana (HIV), diz que a cura para a aids está à vista, após o anúncio das últimas descobertas. Ela citou o caso de paciente de Berlim que parece ter sido curada por um transplante de medula óssea, "o que prova que encontrar uma maneira de eliminar o vírus do corpo é realista". Outras fontes de otimismo, segundo Barre-Sinoussi, são a pequena minoria de pacientes, menos de 0,3%, que não apresentam sintomas da doenças mesmo sem nunca receber tratamento, e um pequeno grupo na França, que recebeu medicamentos antirretrovirais e agora vive sem tratamento ou sintomas da doença. "Há esperança... mas não me pergunte para uma data porque não sabemos." A virologista também disse que seria possível "em princípio" eliminar a pandemia da aids até 2050, se as barreiras ao acesso a medicamentos forem eliminadas. Aproximadamente 25 mil pessoas devem participar de uma manifestação no domingo, em Washington, para exigir uma ação global mais firme contra a epidemia. O número de mortes pela infecção está em queda em várias partes do mundo, enquanto o número de pessoas em tratamento subiu 20% entre 2010 e 2011, alcançando 8 milhões de pessoas, a maioria nos países mais pobres. Mais que 34 milhões de pessoas no mundo todo estão vivendo com o vírus HIV, e 30 milhões morreram de doenças relacionadas à aids desde a década de 80, quando a doença foi descoberta, de acordo com a Agência das Nações Unidas de Luta contra a Aids (Unaids). As informações são da Dow Jones.

Igreja acolhe homossexuais abandonados pelos familiares

terça-feira, 17 de julho de 2012

Unaids fica satisfeita após autorização dos EUA de tratamento preventivo

Comprimido de Truvada, aprovado como preventivo, para ser usado antes de um contato com o HIV
A Agência das Nações Unidas de Luta contra a Aids (Unaids) comemorou nesta terça-feira (17) a aprovação nos Estados Unidos do primeiro tratamento preventivo contra a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). Segundo um comunicado publicado em Genebra, a Unaids indica que se trata de um "tratamento destinado a prevenir a transmissão sexual do HIV para pessoas que não possuem o HIV, mas que são consideradas pessoas de risco". A Agência Americana de Medicamentos (FDA) aprovou nesta segunda-feira o lançamento no mercado deste tratamento, o antirretroviral Truvada, que, segundo as autoridades, contribuirá para reduzir o número de novas infecções. O Truvada, tomado diariamente, está destinado a "ser utilizado como um profilático antes de um contato com o HIV (vírus da imunodeficiência humana). Deverá ser combinado com medidas de prevenção - detecção regular e tratamento de outras doenças venéreas - para impedir a transmissão do vírus entre adultos de alto risco", destacou a agência. "O Truvada não pode substituir as práticas sexuais seguras", insistiu a FDA em um comunicado. Esta autorização foi dada pouco antes da conferência internacional sobre a Aids que irá ocorrer em Washington de 22 a 27 de julho. O custo deste tratamento é de 12 a 14 mil dólares anuais.

Arsenal de remédios poderá ajudar a acabar com a Aids, afirma OMS

Trinta anos depois da epidemia de Aids, ainda não foi encontrada uma cura para a doença, mas um crescente arsenal de remédios poderá, algum dia, ajudar a por fim a novas infecções, afirmou o diretor do departamento de HIV/Aids da Organização Mundial da Saúde, Gottfried Hirnschall.
A chave é encontrar a maneira de administrar melhor os últimos avanços, disse Hirnschall em uma entrevista à AFP durante visita a Washington, antes da Conferência Internacional sobre a Aids, que começa nesta cidade no próximo domingo, 22 de julho.
Os remédios antirretrovirais podem reduzir o risco de que as pessoas infectadas transmitam o vírus e evitar que as pessoas saudáveis sejam infectadas através de relações sexuais com parceiros com HIV, apesar dessas novas possibilidades gerarem controvérsia.
Esses medicamentos salvaram cerca de 700.000 vidas em todo o mundo só em 2010, algo extraordinário segundo os especialistas.
As conquistas nas pesquisas e o progresso em alguns países "demonstram que é possível avançar muito significativamente na ampliação da resposta e inclui começar a pensar na eliminação das novas infecções", disse Hirnschall.
O mundo tem agora 26 antirretrovirais (conhecidos como ARV) no mercado e mais em desenvolvimento para o tratamento de pessoas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que infectou 60 milhões de pessoas e matou 25 milhões desde o início da epidemia.
  • Novos métodos ajudam a prevenir contágio por HIV
"Temos um arsenal bem grande de drogas disponíveis", disse Hirnschall, levando em conta que os medicamentos são melhores agora do que costumavam ser - menos tóxicos, mais robustos, menos propensos a desencadear resistência e mais toleráveis - mas ainda não são perfeitos.
Os efeitos colaterais continuam sendo uma preocupação e as autoridades estão vigiando cuidadosamente o surgimento de resistências. A OMS se prepara para lançar esta semana seu primeiro relatório global sobre resistência aos medicamentos em países de renda baixa e média.
Estudos recentes demonstraram os benefícios potenciais de iniciar o tratamento mais cedo, antes que a carga viral seja muito alta, como uma forma de proteger a saúde de uma pessoa infetada e diminuir o risco de transmitir a enfermidade ao parceiro.

Antirretrovirais para evitar o HIV
A pesquisa sobre o uso dos ARV como uma maneira de prevenir o HIV nas pessoas sãs - também conhecido como 'profilaxia pré-exposição' (PrEP) - mostrou resultados contraditórios.
Foram promissores em casais heterossexuais e gays que tomaram as pílulas com diligência. Contudo, um importante estudo em mulheres africanas não mostrou nenhum tipo de proteção dos ARV em comparação com um placebo.
"Isso, provavelmente, será o centro do debate na conferência: quando é apropriado iniciar o tratamento e como aproveitar ao máximo as vantagens dos antirretrovirais para a prevenção em um sentido mais amplo", disse Hirnschall.
A Agência Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira a aprovação do Truvada, do laboratório Gilead Sciences, como primeira pílula para ajudar a prevenir o HIV em alguns grupos de risco.
"O Truvada é para utilizar na profilaxia prévia à exposição em combinação com práticas de sexo seguro para prevenir as infecções do HIV adquiridas por via sexual em adultos de alto risco. O Truvada é o primeiro remédio aprovado com esta indicação", afirmou a FDA.
O Truvada é encontrado no mercado americano desde 2004 como tratamento para pessoas infectados com HIV, indicado em combinação com outros remédios antirretrovirais.
Muitas pessoas estão preocupadas com a ética da prescrição de medicamentos contra o HIV a pessoas saudáveis, quando um grande número de pessoas infectadas em todo o mundo ainda não tem acesso a tratamentos que salvam vidas.
Alguns grupos de alto risco continuam sendo difíceis de alcançar, como os trabalhadores sexuais e os usuários de drogas injetáveis, muitas vezes excluídos do tratamento devido a leis restritivas.
"Em muitos países onde (os usuários de drogas) constituem o grupo de maior risco, têm menor acesso ao tratamento", disse Hirnschall.
A OMS também prepara diretrizes para a administração de antirretrovirais como prevenção para as pessoas saudáveis, que devem ser divulgadas na conferência.
A profilaxia pré-exposição "é um enfoque promissor. Acreditamos que, provavelmente, se transforme em um nicho de intervenção de certos indivíduos nos quais outras prevenções podem não ser acessíveis ou difíceis de implementar", disse Hirnschall.
"Há muito poucas pílulas mágicas, mas é uma intervenção adicional que poderá se somar ao arsenal de intervenções que temos", disse Hirnschall.
"O objetivo não é só fixar as políticas, mas realmente ter a capacidade e os recursos necessários para colocá-las em prática".

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/afp/2012/07/17/arsenal-de-remedios-podera-ajudar-a-acabar-com-a-aids-afirma-oms.htm

http://www.grupoamigoscuritiba.blogspot.com.br/

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ministério da Saúde apoia organizações da sociedade civil

O Ministério da Saúde publicou edital para seleção de projetos de ONG que atuam em rede nas áreas de aids e hepatites. No total, serão destinados R$ 10 milhões para projetos que tenham como foco prioritário usuários de drogas, gays e profissionais do sexo.
A iniciativa do Ministério da Saúde tem como objetivo aprimorar a resposta ao HIV/aids e às hepatites virais e fortalecer a parceria com os movimentos sociais. Podem participar organizações da sociedade civil que comprovem ter desenvolvido, nos últimos três anos, atividades voltadas à prevenção e à promoção do diagnóstico entre o público específico beneficiário do projeto.
Este edital é resultado da cooperação técnica entre o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, o Banco Mundial (BIRD) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). O valor máximo permitido por proposta é de R$ 360 mil.
Mais informações, a fonte desta notícia e o link para o edital desta oportunidade podem ser encontrados na página indicada pelo link abaixo:
http://www.aids.gov.br/noticia/2012/aberta_selecao_de_projetos_de_ong_que_atuam_em_rede_nas_areas_de_aids_e_hepatites