Os portadores do vírus HIV possuem alguns direitos garantidos por Lei. Entre eles, o saque do FGTS antecipadamente, inclusive para tratamento da doença. Para isso, o trabalhador deve solicitar ao seu médico um atestado com Código Internacional das Doenças (CID) assim que souber que é soropositivo e fazer o requerimento junto à Caixa para efetuar o saque dos depósitos do FGTS.
Além disso, o trabalhador portador do vírus HIV também tem direito a isenção do imposto de renda mediante comprovação pericial, não tributação em benefícios como aposentadoria, reforma e pensão. Também têm direito ao auxílio-doença ou aposentadoria, independente de tempo de carência desde que já seja filiado à Previdência Social ao tempo do início da doença. Seus dependentes também terão direito à pensão por morte.
É importante lembrar que a empresa não pode exigir de qualquer candidato a uma vaga de emprego exame de HIV e ele pode se negar a apresentá-lo. Caso isso ocorra, o candidato pode denunciar a empresa ao Ministério Público do Trabalho, que irá apurar esta irregularidade. De todo modo, não há norma que obrigue a empresa a inserir este trabalhador em seus quadros, mas se considerarmos esta atitude ilegal e discriminatória, podemos constatar que não se trata de uma empresa idônea e correta onde seria interessante trabalhar.
O trabalhador não é obrigado nem mesmo a informar a empresa que é soropositivo, até mesmo porque o simples fato de ser portador do vírus não impede o trabalho nem prejudica suas atividades cotidianas. A constituição federal garante o direito à intimidade e esta informação diz respeito somente à própria pessoa. O portador do vírus tem direito a comunicar seu estado de saúde e o resultado dos seus testes apenas a quem deseja.
Havendo necessidade de alteração da função, é recomendável apresentar ao empregador a indicação do médico, por escrito. O empregado, a princípio, tem o direito de solicitar essa alteração e não de exigir. Se ocorrer uma recusa por parte da empresa, que comprometa a saúde deste empregado, será necessário ingressar com uma ação judicial. Caso haja concordância do empregador, a alteração de função pode ser realizada, mas não poderá implicar em redução do salário.
Em caso de ficar incapacitado para o trabalho, o portador do vírus HIV deve apresentar o atestado médico ao empregador e solicitar o benefício de auxílio-doença. Os direitos desse empregado estão previstos nas normas constitucionais, que garantem o direito à vida, à saúde, à não discriminação. É importante ressaltar que não há uma norma específica que garanta determinado período de estabilidade para este trabalhador, como no caso do acidente de trabalho.
No entanto, se o empregado já tiver manifestado a doença e for demitido, esta rescisão será impeditiva do trabalhador usufruir dos benefícios da Previdência Social e, neste caso, o empregado pode requerer judicialmente sua reintegração. Para quem não manifestou a doença, caso a demissão tenha caráter discriminatório, também poderá requerer sua reintegração ao emprego e uma indenização por danos morais.
Nesses casos em que a descriminação com o empregado soro positivo leva a demissão, esta é arbitrária. O portador do vírus necessita do trabalho não só pelo aspecto financeiro, mas pelo efeito psicológico do trabalho, em que a pessoa se sente ativa, útil e inserida na sociedade.
Nem sempre é possível apresentar uma prova robusta desta discriminação, porque é uma prática ilícita, reprovável e geralmente ocorre de uma forma velada, sendo apresentados ao trabalhador outros motivos para sua demissão. Cientes disso, muitos magistrados acolhem a tese da demissão presumidamente discriminatória, ou seja, o empregado não precisa provar, até porque se trata de uma prova muito difícil.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Pesquisa confirma infecções por "novo" tipo e HIV no Brasil
Pessoas podem ser infectadas duas vezes pelos diferentes vírus da Aids
Para o Ministério da Saúde, responsável pelas políticas contra a doença, o estudo tem impacto principalmente sobre a prevenção. Reforça a necessidade de uso da camisinha, por provar o
risco de uma pessoa ser infectada duas vezes, pelos dois vírus, via diferentes exposições - o que pode ocorrer, por exemplo, na existência de múltiplos parceiros sexuais.
O diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais da pasta, Dirceu Grecco, diz que, "mesmo infectada, uma pessoa tem de usar camisinha".
Ele destaca que o HIV-2, detectado pela primeira vez no Senegal, em 1985, tem evolução mais lenta e é menos transmissível. Porém, é resistente a uma das classes de medicamentos contra a Aids.
Segundo informações da fundação, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estimou, em 2008, que a epidemia por HIV-1 atingia 34 milhões de pessoas no mundo, enquanto o HIV-2 seria responsável pela infecção de 2 milhões.
http://noticias.r7.com/saude/noticias/pesquisa-confirma-infeccoes-por-novo-tipo-de-hiv-no-brasil-20100902.html publicado em 02/09/2010 às 11h55:
http://grupoamigoscuritiba.blogspot.com/
"Confirmação reforça necessidade de usar camisinha, mesmo para quem já foi infectado pelo vírus da Aids (foto)"
Estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz confirmou a presença de um segundo tipo de vírus da Aids em 15 pacientes no Brasil, todos em situação de infecção simultânea com o HIV-1, que já circula aqui. Desde 1987, pesquisadores discutem a presença do HIV-2 no país, mas o novo estudo usou meios mais precisos de confirmação e encontrou o maior número de casos.Para o Ministério da Saúde, responsável pelas políticas contra a doença, o estudo tem impacto principalmente sobre a prevenção. Reforça a necessidade de uso da camisinha, por provar o
risco de uma pessoa ser infectada duas vezes, pelos dois vírus, via diferentes exposições - o que pode ocorrer, por exemplo, na existência de múltiplos parceiros sexuais.
O diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais da pasta, Dirceu Grecco, diz que, "mesmo infectada, uma pessoa tem de usar camisinha".
Ele destaca que o HIV-2, detectado pela primeira vez no Senegal, em 1985, tem evolução mais lenta e é menos transmissível. Porém, é resistente a uma das classes de medicamentos contra a Aids.
Segundo informações da fundação, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estimou, em 2008, que a epidemia por HIV-1 atingia 34 milhões de pessoas no mundo, enquanto o HIV-2 seria responsável pela infecção de 2 milhões.
http://noticias.r7.com/saude/noticias/pesquisa-confirma-infeccoes-por-novo-tipo-de-hiv-no-brasil-20100902.html publicado em 02/09/2010 às 11h55:
http://grupoamigoscuritiba.blogspot.com/
Homens que utilizam medicamentos para disfunção erétil apresentam maior risco de contrair DST/aids, indica estudo
O estudo teve como base o banco de dados de uma seguradora privada de saúde de 44 grandes empresas dos Estados Unidos, no período entre 1997 e 2006, e compararou os índices de DST em aproximadamente 1.4 milhão de homens com mais de 40 anos, usuários ou não de remédios para a disfunção erétil.
Dr. Anupam B. Jena, da Escola de Medicina de Harvard, explica que os tratamentos para a disfunção erétil ganharam popularidade entre os homens de meia-idade e idosos. “O aumento da atividade sexual entre os que utilizam estas drogas levanta preocupações sobre as DST nessa faixa etária”, disse.
Entretanto, a pesquisa mostra que mesmo antes de começarem a fazer uso dos remédios contra disfunção erétil, esses homens já estavam mais expostos às infecções sexuais.
Segundo a análise, um ano antes do início do tratamento, a notificação de casos de DST foi o dobro nos homens que posteriormente passaram a fazer uso dos remédios em comparação àqueles que nunca fizeram; e um ano depois da terapia, 1,6 vez maior.
Quando analisados apenas os casos de HIV, a chance de infecção, entre os homens que tomam remédios para disfunção erétil, foi três vezes maior.
De acordo com os pesquisadores, a associação observada entre o uso destes medicamentos e as DST pode ter mais a ver com os perfis das pessoas que procuram pelo tratamento contra disfunção erétil, e não pelo efeito direto desses remédios.
Redação da Agência de Notícias da Aids
Dr. Anupam B. Jena, da Escola de Medicina de Harvard, explica que os tratamentos para a disfunção erétil ganharam popularidade entre os homens de meia-idade e idosos. “O aumento da atividade sexual entre os que utilizam estas drogas levanta preocupações sobre as DST nessa faixa etária”, disse.
Entretanto, a pesquisa mostra que mesmo antes de começarem a fazer uso dos remédios contra disfunção erétil, esses homens já estavam mais expostos às infecções sexuais.
Segundo a análise, um ano antes do início do tratamento, a notificação de casos de DST foi o dobro nos homens que posteriormente passaram a fazer uso dos remédios em comparação àqueles que nunca fizeram; e um ano depois da terapia, 1,6 vez maior.
Quando analisados apenas os casos de HIV, a chance de infecção, entre os homens que tomam remédios para disfunção erétil, foi três vezes maior.
De acordo com os pesquisadores, a associação observada entre o uso destes medicamentos e as DST pode ter mais a ver com os perfis das pessoas que procuram pelo tratamento contra disfunção erétil, e não pelo efeito direto desses remédios.
Redação da Agência de Notícias da Aids
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