sexta-feira, 29 de junho de 2012

Conheça o homem que deixou de ter Aids após transplante


Um caso inédito chamou atenção no Simpósio Internacional sobre HIV, na França: o do americano Timothy Brown. Ele é o único homem do mundo que deixou de ter o vírus da Aids, graças a um transplante de medula óssea.

Luta contra drogas gerou pandemia de Aids, aponta relatório global

Os governos de todo o mundo fracassaram em suas campanhas de luta contra a droga e suas ações neste sentido provocaram uma verdadeira pandemia de Aids entre os usuários de drogas, aponta um relatório publicado nesta terça-feira (26_. O estudo, intitulado "A guerra contra a droga e o HIV/Aids: como a criminalização do uso de drogas alimenta a pandemia global" foi elaborado pela Comissão Global de Política sobre Drogas, que, entre seus signatários, figuram seis ex-presidentes, incluindo o brasileiro Fernando Henrique Cardoso. A publicação deste relatório antecede a Conferência Mundial sobre a Aids, que reunirá uma série de especialistas, voluntários e autoridades em Washington entre os dias 22 e 27 de julho. Em seu relatório, a comissão qualifica a luta global contra a droga como um "fracasso", já que a mesma aproxima os usuários não violentos dos presídios e os afastam dos sistemas públicos de saúde, um fato que foi determinante para o aumento de pessoas infectadas pelo HIV. Neste caso, a principal forma de contágio é o uso compartilhado de seringas. Com base nos dados deste estudo, os analistas criticam duramente o "notável fracasso das políticas de luta contra a droga" na redução da provisão mundial de opiáceos ilegais, como a heroína - cuja oferta aumentou 380% entre 1980 e 2010, enquanto seus preços tornam-se cada vez mais baixos. O relatório se volta contra os governos dos Estados Unidos, China, Rússia e Tailândia por "ignorar a evidência científica, as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e por não investir na implementação de programas de prevenção ao HIV", o que gerou "consequências devastadoras". Segundo os dados deste grupo de especialistas, um quarto dos americanos infectados com HIV passou por penitenciárias pelo menos uma vez ao ano. Por outro lado, o documento exalta a atuação de países como a Austrália, Portugal ou Suíça, onde "a dependência é tratada como um problema de saúde" e os índices de HIV entre drogados foram quase zerados. A luta contra a droga também afetou o crime organizado, denuncia o relatório, que ressalta que desde 2006 a guerra das forças de segurança do México contra os cartéis de droga resultou na morte de aproximadamente 50 mil pessoas e causou 10 mil desaparições. No entanto, esta ação não freou a produção de heroína no país, que aumentou 340% na última década, apontam os autores, entre eles os ex-presidentes César Gaviria (Colômbia), Ernesto Zedillo (México) e Ricardo Lagos (Chile). Além de reprovar as ações antidrogas vigentes, o relatório propõe reformas que consigam "quebrar o tabu", como substituir a pena de prisão por atendimento médico e programas de desintoxicação. Outras medidas também poderiam apresentar resultados positivos, caso da descriminalização da maconha, distribuição de seringas descartáveis e programas de prescrição de heroína.
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/efe/2012/06/26/luta-contra-drogas-gerou-pandemia-de-aids-aponta-relatorio-global.htm
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Leite materno humano bloqueia transmissão do HIV a ratos "humanizados"

Um experimento realizado na Universidade da Carolina do Norte mostrou que, em ratos "humanizados", o leite materno humano impede a transmissão oral do vírus HIV, informou na última quinta-feira (14) a revista Public Library of Science Pathogens. "Primeiro, entre os ratos reconstituídos para que se tornassem suscetíveis a doenças humanas como a Aids e que foram expostos ao vírus HIV, 100% foram infectados", disse à Agência Efe o autor principal do estudo, J. Víctor García, graduado em 1979 pelo Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (México). Já quando os cientistas administraram HIV misturado com leite materno humano saudável, 100% ficaram livres da infecção, destacou o pesquisador. As estatísticas indicam que mais de 15% das novas infecções com o vírus HIV ocorrem em bebês e, sem tratamento, apenas 65% deles sobrevive mais de um ano, enquanto menos da metade chega aos dois anos de vida. O artigo indica que, embora se atribua ao aleitamento um número significativo dessas infecções, a maioria dos bebês amamentados pelas mães soropositivas não tem a infecção, apesar da exposição prolongada e repetida. Para resolver a questão sobre se o aleitamento transmite o vírus ou protege contra ele, os cientistas da Escola de Medicina da UNC recorreram a um modelo de rato "humanizado" em laboratório. "Os ratos são, por essência, resistentes à maioria das doenças que afetam os humanos", ressaltou García. "Para usá-los neste tipo de estudos, é preciso torná-los parcialmente humanos". "Estes ratos são trabalhados um por um, introduzindo-lhes células-tronco da medula óssea humana às seis semanas de idade", acrescentou o pesquisador. "As células humanas vão a todos os órgãos e áreas similares dos humanos como boca, esôfago, pulmões, intestino, fígado e sistemas reprodutivos que se enchem de células humanas". O HIV infecta somente os chimpanzés e os humanos, mas só deixa os humanos doentes. Com a reconfiguração de células humanas, os ratos tornam-se suscetíveis à infecção com o HIV. Em seguida, a equipe de García, que trabalhou com mais de 50 ratos "humanizados", administrou em alguns deles o leite de mães saudáveis misturado com HIV, e a outros apenas o HIV, em ambos os casos por via oral. "Os ratos sensíveis à infecção e que receberam só o vírus adoeceram. Já os que receberam o vírus com leite materno não adoeceram". "A próxima etapa do estudo é determinar se o leite de mães infectadas tem o mesmo efeito", anunciou o cientista. Mas, segundo ele, o que já foi estabelecido pela primeira parte do estudo dá novas pistas sobre o isolamento de produtos naturais que poderiam ser usados para combater o vírus.
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/efe/2012/06/14/leite-materno-humano-bloqueia-transmissao-do-hiv-a-ratos-humanizados.htm
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Pílula 'quatro em um' torna tratamento do HIV mais 'seguro, simples e eficaz'

Célula infectada pelo HIV: nova pílula ajuda a interromper replicação do vírus
Um novo comprimido que combina quatro drogas anti-HIV em um único tratamento diário é seguro e eficaz, de acordo com um estudo publicado nos EUA. Espera-se que a "pílula quatro em um" torne mais fácil para os pacientes manter a medicação e melhorar os efeitos de seu tratamento. Um estudo publicado na revista especializada Lancet afirma que esta poderia ser uma "nova opção de tratamento". Um especialista britânico disse que a pílula era "uma grande notícia" e fazia parte de um movimento em direção a doses diárias únicas para portadores do HIV. O HIV é incurável, e o tratamento da infecção requer terapia que combina múltiplas drogas usadas para controlar o vírus. Isso pode significar tomar vários comprimidos em diferentes horários do dia. E esquecer de um significa que o corpo pode perder a luta contra o HIV. Pesquisadores e empresas farmacêuticas têm combinado alguns medicamentos em comprimidos individuais, para facilitar a administração das doses. A "pílula quatro em um" é a primeira a incluir um tipo de droga anti-HIV conhecido como um inibidor da integrase, que interrompe a replicação do vírus. 'Segura, simples, eficaz' Paul Sax, diretor clínico do Brigham and Women's Hospital, em Boston, Massachusetts, e professor associado da Harvard Medical School, disse: "A adesão dos pacientes à medicação é vital, especialmente para pacientes com HIV, onde a perda de doses pode levar o vírus a tornar-se resistente." Ele liderou a pesquisa comparando o efeito da pílula quatro em um com o do melhor tratamento disponível até então em 700 pacientes. Ele disse que a pílula quatro em um era tão segura e eficaz quanto as opções anteriores, embora houvesse um nível maior de problemas renais, entre aqueles que a tomam. "Nossos resultados fornecem uma opção adicional altamente potente e bem tolerada, e reforça a simplicidade do tratamento através da combinação de vários antirretrovirais em um único comprimido." Dr. Steve Taylor, especialista em HIV no Birmingham Heartland Hospital, disse: "Sem dúvida, o desenvolvimento de uma pílula única é um grande avanço no combate ao HIV." "Passamos um longo tempo com pessoas tomando até 40 comprimidos três vezes ao dia", diz. Ele disse que o novo comprimido foi "uma grande notícia" para as pessoas com HIV e que a pílula quatro em um aumentaria as opções de tratamento. No entanto, ele alertou que muitas pessoas ainda tinham o HIV não diagnosticado. Um quarto das pessoas com HIV no Reino Unido não sabem que estão infectadas. A pesquisa foi financiada pela empresa de biotecnologia Gilead Sciences.
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2012/06/29/pilula-quatro-em-um-torna-tratamento-do-hiv-mais-seguro-simples-e-eficaz.htm
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segunda-feira, 25 de junho de 2012

ONG diz que Brasil vive epidemia descontrolada de Aids

Nos últimos dez anos, 102 mil pessoas morreram Presidente do Grupo Pela Vidda, organização não-governamental dedicada ao combate à Aids, o psicanalista George Gouvea vem denunciando as falhas do programa DST/Aids do Ministério da Saúde. Para ele, o Brasil vive uma “epidemia descontrolada”, ao contrário da palavra oficial do Ministério que reafirma controle da doença. Os números oficiais dão essa certeza ao presidente do Pela Vidda. Nos últimos dez anos, pelo menos 102 mil soropositivos morreram no país e 311 mil novos casos foram notificados (dados consolidados até 2010). Apesar de os números anuais não sofrerem grandes variações (média de 11 mil mortes e 34 mil novos casos por ano), Gouvea critica o uso do termo "estabilidade" para classificar os números no Brasil. "Seria o mesmo que considerar 10 mil mortes de judeus por ano no holocausto um número estável", diz. Em recente publicação, a Fiocruz, órgão do Governo Federal, pediu uma "correção de rumo" para o programa DST/Aids no país. "Ao contrário do que se tem observado em outros países que também instituíram programas de acesso universal ao tratamento e têm observado queda na incidência de novas infecções, o Brasil não tem conseguido diminuir a incidência do HIV/Aids", aponta o documento. Para o presidente da ONG, campanhas de prevenção à Aids devem contar com a participação do público-alvo para a obtenção de resultados positivos.“Não tem como eu ir para uma esquina falar com uma travesti sobre prevenção, a travesti vai rir da minha cara e tem toda a razão de fazer isso”. O Grupo Pela Vidda atende cerca de 300 pessoas por mês e realiza assistência jurídica, reuniões de acolhimento e palestras, entre outras atividades.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Representante do programa de Aids da ONU critica governo por ceder a pressões de grupos religiosos

O representante da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, criticou hoje o governo da presidente Dilma Rousseff, por ceder a pressões de grupos religiosos conservadores em sua política de combate à epidemia de Aids. Ele não falou diretamente em denominações religiosas, mas disse que o governo acaba “violando direitos” à medida que cede a pressões de “minorias organizadas”. Em seguida lembrou o episódio, ocorrido em fevereiro, quando o Ministério da Saúde deixou de veicular na TV o video de uma propaganda destinada a jovens gays, estimulando o uso de preservativos. No mesmo diapasão, sem se referir diretamente ao polêmico episódio do kit gay, quando o Ministério da Educação engavetou um projeto de educação contra a homofobia em escolas públicas, Chequer afirmou que as pressões também afetam “áreas da educação”. O governo deveria, segundo o representante do programa da ONU de combate à Aids, dar mais atenção aos seus próprios especialistas, que “executam seu trabalho em bases científicas”. As declarações foram feitas na abertura do Terceiro Seminário Nacional de Direitos Humanos e DST AIDS, nesta quarta-feira, 13, em Brasília. No momento das críticas, Chequer foi interrompido por aplausos. A seu lado, na mesa de abertura, encontrava-se o diretor-adjunto do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa O video citado por Chequer e vetado pelo Ministério da Saúde, era destinado a gays na faixa de 15 a 24 anos. Fazia parte de uma campanha mais ampla, com o tema: “Na empolgação pode rolar tudo. Só não pode rolar sem camisinha. Tenha sempre a sua.” Na ocasião, o Ministério da Saúde alegou que o filme não se destinava à rede aberta de TV.
http://blogs.estadao.com.br/roldao-arruda/representante-do-programa-de-aids-da-onu-critica-governo-por-ceder-a-pressoes-de-grupos-religiosos/

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Cientistas questionam ‘cura’ de HIV no paciente de Berlin, Timothy Brown, informa Veja.com

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A única suposta cura de um paciente com HIV anunciada até hoje está sendo questionada por virologistas diante de uma possível recorrência da infecção, informou a Veja.com, ao divulgar relatório publicado em um blog da revista Science.

O americano Timothy Brown foi submetido a um transplante de medula, em 2006, para tratar uma leucemia. O doador, por sua vez, tinha uma incomum mutação genética naturalmente resistente ao HIV. Depois de receber a medula o vírus pareceu ser erradicado do corpo de Brown.

Entretanto, durante congresso científico internacional celebrado na Espanha em 8 de junho, o virologista Steven Yukl, da Universidade da Califórnia em San Francisco, disse que novos exames foram feitos no paciente e mostraram "sinais de HIV” o cientista destacou não poder dizer "com certeza neste momento se houve uma erradicação total do HIV".


Leia a reportagem na íntegra:

Cientistas questionam cura do soropositivo "paciente de Berlim"

Gerard Julien

A anunciada cura, única até agora, do norte-americano Timothy Brown, infectado com o vírus HIV e conhecido como o "paciente de Berlim", gera controvérsia entre virologistas diante da uma possível recorrência da infecção, segundo relatório publicado em um blog da revista Science.

Os cientistas divergem sobre os últimos dados a respeito de Brown apresentados em uma conferência na Espanha na semana passada, destacou um informe postado no blog ScienceInsider.

Em 2006, Brown, um americano soropositivo que na época era residente em Berlim há dez anos, foi submetido a um transplante de medula para tratar uma leucemia que tinha se manifestado três anos antes.

A medula veio de um doador com uma incomum mutação genética naturalmente resistente ao HIV. Uma em cada 100 pessoas caucasianas tem esta mutação que impede que a molécula CCR5 apareça na superfície da célula.

O sofisticado procedimento realizado na Alemanha pareceu erradicar o vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV) do corpo de Brown, o que levou seus médicos a declararem, em artigo na revista científica "Blood", em 2010, que haviam conseguido a "cura do HIV".

Mas, durante congresso científico internacional celebrado na Espanha em 8 de junho, o virologista Steven Yukl, da Universidade da Califórnia em San Francisco, disse que novos exames feitos no paciente mostraram "sinais de HIV", acrescentando desconhecer se estes foram "reais ou (ocorreram) por contaminação" da amostra.

Portanto, o cientista destacou não poder dizer "com certeza neste momento se houve uma erradicação total do HIV", segundo o informe do ScienceInsider.

Alguns cientistas interpretaram, no entanto, que Yukl disse que a cura do HIV não tinha sido alcançada e que Brown poderia, inclusive, ter se reinfectado com o vírus da aids.

O renomado especialista em Aids Alain Lafeuillade, do Hospital Geral em Toulon, França, tirou suas próprias conclusões sobre a pesquisa de Yukl, afirmando que os resultados indicavam a presença de HIV no sangue de Brown.

"O chamado "paciente de Berlim" ainda tem vestígios detectáveis do vírus da Aids em seu corpo", escreveu em um comunicado. "E a gente se pergunta se Brown foi reinfectado e poderia infectar outras pessoas", disse o virologista francês.

Yukl e outros cientistas que fizeram o estudo apresentado na Espanha questionaram duramente a interpretação de Lafeuillade.

"Nós não dissemos que o HIV ainda está presente no sangue (de Brown) ou que não estivesse curado", insistiu Yukl. "o propósito da apresentação foi trazer a questão de como definir uma cura da infecção e, neste nível de detecção do vírus, como se pode saber se o sinal é real?", disse.

Com exames específicos do sangue, do plasma e do tecido retal de Brown, Yukl e seus colegas conseguiram detectar fragmentos de DNA do vírus.

Embora Yukl acredite que estes fragmentos sejam uma clara evidência da presença do HIV, Douglas Richman, da Universidade da Califórnia em San Diego, outro pesquisador do grupo, disse não ter encontrado nada suspeito, sugerindo que seus colegas na verdade encontraram contaminantes.

"Se estes exames forem repetidos vezes suficientes, podem ser encontrados, inclusive, sinais da presença de elefantes cor de rosa na água", brincou.

Segundo o blog ScienceInsider, outro laboratório também encontrou anticorpos de HIV no corpo de Brown, mas os níveis foram baixos e descendentes.

O virologista Tae-Wook Chun, do Instituto Americano de Alergias e Doenças Infecciosas, outro pesquisador que trabalhou com Yukl, destacou que sua equipe não tinha isolado vírus nenhum da aids capaz de se replicar. O especialista especulou que Brown poderia ser simplesmente portador de fragmentos genéticos defeituosos e inofensivos do vírus.

Fonte: Revista Veja


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