segunda-feira, 2 de maio de 2011

Aids continua infectando 7 mil pessoas por dia

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apresentou um relatório, nesta quinta-feira, sobre a situação do HIV/Aids no mundo. Apesar de ganhos, na última década, a doença continua infectando 7 mil pessoas por dia; mil são crianças.

No documento, lançado em Nairóbi, no Quênia, Ban disse que 30 anos após o surgimento da doença, os investimentos para combater o vírus e tratar os pacientes começam a mostrar resultado. Atualmente, mais de 33 milhões de pessoas vivem com HIV, quase 70% deste total estão na África Subsaariana.

O relatório “Unidos pelo Acesso Universal: A Caminho de Zero Novas Infecções, Zero Discriminação e Zero Número de Mortes Relacionadas à Aids”, é uma preparação para o encontro de alto nível sobre HIV/Aids, marcado para junho na sede da ONU.

Entre 2001 e 2009, o número de novas infecções em 33 países, incluindo 22 da África Subsaariana caiu ao menos 25%.

Até o fim do ano passado, mais de 6 milhões de pessoas estavam recebendo tratamento com antiretrovirais em países de rendas baixa e média. E a cobertura de serviços para prevenir a transmissão do HIV da mãe para o bebê ultrapassou 50%.

Tuberculose

Ban Ki-moon pediu à comunidade internacional que apoie as recomendações do documento para continuar a luta contra o vírus.

As medidas incluem a redução pela metade da contaminação por via sexual para jovens, homens que fazem sexo com homens, no contexto de trabalhadores do sexo, e a prevenção da contaminação por drogas injetáveis.

Uma outra recomendação do relatório é a eliminação da transmissão vertical do HIV, de mães para bebês e a redução em 50% de mortes de pacientes soropositivos.

A ONU pede ainda tratamento com antiretrovirais para cerca de 13 milhões de pessoas. E acesso à educação de órfãos e crianças fragilizadas pelas doença.

Fonte: Correio do Brasil

Pesquisadores apostam em tratamento com geens para a curar da Aids


Cientistas americanos deram mais um passo na luta contra a Aids. Utilizando terapia com genes, os pesquisadores modificaram células dos pacientes e as tornaram resistentes ao HIV, o vírus causador da doença.

O tratamento foi baseado no caso do americano que se curou da doença após um tratamento contra leucemia. O anúncio foi feito em dezembro passado. Usando células-tronco adultas retiradas da medula óssea de um doador que era imune ao HIV, por causa de uma mutação genética, o paciente não apresentou mais sinais do vírus no organismo.

A partir desse caso, os cientistas começaram a procurar uma maneira de alcançar a mesma imunidade usando células sanguíneas do próprio paciente.

Usando essa mesma mutação genética que permitiu a cura do americano, os cientistas decidiram apagar permanentemente um gene humano e inserir as células alteradas de volta no organismo.

Essa mutação atinge algumas pessoas, cerca de 1% da população branca, que são resistentes ao HIV. Isso porque elas têm dificuldade de produzir uma proteína chamada CCR5, um receptor presente nos linfócitos CD4+, células de defesa do organismo que são destruídas pelo HIV. O vírus da Aids usa o CCR5 para se “encaixar” nessas células.

A partir disso, os cientistas “cortaram” e “modificaram” o gene. No estudo, seis homens tiveram as células sanguíneas filtradas para remover a pequena quantidade de células-T. Cerca de 25% dessas células foram modificadas com sucesso. Elas, em seguida, foram multiplicadas e reintroduzidas nos pacientes.

Três dos homens receberam 2,5 bilhões de células modificadas, enquanto os outros três receberam por volta de 5 bilhões.

Após três meses, cinco pacientes apresentavam o triplo de células modificadas esperadas. Segundo os cientistas, 6% de todas as células-T dos pacientes eram do novo tipo, ou seja, resistentes ao HIV. O sexto homem também desenvolveu as células, mas em quantidade menor do que a esperada.

Os únicos efeitos adversos, dizem os pesquisadores, foram sintomas parecidos aos da gripe.

Apesar dos resultados, o coordenador do estudo, o médico Jacob Lalezari, do Centro de Pesquisas Quest, alertou que ainda é cedo pra dizer que a terapia se torne a cura da doença. A pesquisa foi feita em parceria com cientistas da Universidade da Califórnia e patrocinada pela empresa de biotecnologia Sangamo BioSciences.

Otimismo

Para o pesquisador John Rossi, do City of Hope, na Califórnia, a pesquisa é um grande passo.

- A ideia é que, se você tira as células que o vírus ataca, você pode curar a doença.

Apresentados nesta segunda-feira durante uma conferência em Boston (EUA), os resultados causaram bastante otimismo entre os especialistas, como o médico John Zaia, coordenador do painel do governo americano que supervisiona pesquisas com genes.

- Pela primeira vez as pessoas estão começando a pensar na cura da doença.

Ainda que a terapia genética não seja capaz de eliminar o HIV completamente do organismo, Zaia afirma que será possível proteger o corpo dos pacientes o suficiente para controlar o vírus e dispensar o uso de remédios, o que é chamado de cura funcional.

De acordo com Carl Dieffenbach, coordenador de Aids do Niaid (Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos), há esperança de que a terapia seja suficiente para dar um nível de proteção parecido ao alcançado pelo paciente que foi curado.

Segundo os cientistas, ainda é cedo pra dizer se a terapia pode indicar um caminho para a cura da doença ou para um novo tratamento. Apesar disso, os cientistas afirmam que a alternativa é viável e segura.

Fonte; R7

Médicos do Governo defendem uso de novo remédio para Aids


Grupo de especialistas escalado pelo governo para definir o tratamento padrão para pacientes de Aids no Brasil deverá discutir nesta terça-feira (29) a inclusão de uma nova droga no coquetel, o maraviroque. A adoção do medicamento, já analisada numa reunião do grupo ano passado, divide médicos em todo o país. Defensores da inclusão imediata afirmam que pacientes não têm como esperar. Outros sustentam que a mudança deve ser feita somente quando já estiver registrada no país uma versão nacional de um exame, atualmente feito por apenas um produtor, indispensável para verificar se a droga é ou não indicada para o paciente. Diante do impasse, um grupo de 124 médicos preparou documento, pedindo pressa na incorporação da nova droga. Durante a discussão, parte dos médicos passou a questionar o ritmo de avaliação de novas drogas usadas no país para pacientes com Aids. Dirceu Greco, diretor do departamento, alerta que a troca de medicamentos deve ser feita de forma criteriosa. – A inclusão de um remédio à lista de distribuição do governo tem de ser feita de forma cuidadosa. Exige estudos que comprovem a eficácia do produto, a segurança e o ganho para pacientes. Tais argumentos foram usados numa carta que o departamento preparou como resposta ao manifesto de médicos, mas que não convenceu parte dos profissionais.

Fonte: R7

Criada proteína que impede HIV de entrar nas células



Naquilo que pode se tornar um marco na batalha contra a AIDS e uma nova ferramenta para o desenvolvimento racional de novos medicamentos, cientistas sintetizaram uma nova proteína que impede que os vírus entrem nas células.

Esta proteína sintética é baseada em uma proteína que ocorre naturalmente no corpo humano, e que protege as células dos vírus.

A vantagem é que a proteína sintética não causa inflamação e outros efeitos colaterais induzidos pelas altas dosagens de medicamentos necessárias para inibir a AIDS.

A descoberta será publicada no exemplar de Abril do prestigiado The FASEB Journal.

Ficção científica que vira realidade

“Isto é ficção científica se tornando realidade. Esses pesquisadores pegaram uma proteína e removeram sua parte que causa danos, então estabilizaram e modificaram a seção que tem um efeito terapêutico,” afirma o editor da revista científica, Gerald Weissmann.

“Isto não é uma notícia boa apenas para as pessoas com AIDS, é uma notícia boa para todos nós, na medida que essa pesquisa abre caminho para trabalhos similares para muitas, muitas outras doenças,” escreve o editor.

O fragmento de proteína é baseado em uma proteína natural chamada RANTES, que é parte do sistema imunológico.

A RANTES defende naturalmente o corpo contra o HIV/AIDS, mas não pode ser usada como droga porque ela tem vários outros efeitos biológicos, podendo causar inflamações sérias.

Projeto inteligente

Depois de examinar precisamente a estrutura molecular da RANTES, os cientistas descobriram que apenas um pequeno fragmento da proteína é realmente responsável por bloquear a entrada do HIV nas células.

A partir daí, eles dissecaram a porção desejada da proteína e desenvolveram uma forma de estabilizá-la sem comprometer seus efeitos protetores.

Depois de vários passos de refinamento molecular e modelagem virtual, os pesquisadores criaram um peptídeo com altíssimo potencial contra o HIV e com possíveis benefícios para o tratamento de doenças inflamatórias, como a artrite e o lúpus, assim como para a prevenção da rejeição de transplantes.

“Da mesma forma que os escultores da Renascença escavavam arte no mármore cru, os engenheiros moleculares de hoje estão usando o design inteligente para criar obras-primas químicas que salvam vidas,” concluiu Weissmann.

Fonte: Diário da Saúde

Cientistas encontram ponto fraco do HIV

Uma equipe de cientistas da Escola de Medicina da Universidade do Texas encontrou o ponto fraco do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em uma parte da proteína que o recobre, essencial para seu desenvolvimento nas células que ataca. O ponto fraco do HIV, que afeta milhões de pessoas no mundo, está escondido na proteína gp120 que envolve o vírus.

Os cientistas Sudhir Paul, Yasuhiro Nishiyama e Stéphanie Planque explicam em artigo intitulado "Catalytic Antibodies to HIV: Physiological Role and Potential Clinical Utility" que essa proteína é essencial para que o HIV tenha adesão às células nas quais ele se introduz e a partir das quais inicia a infecção que provoca a Aids.

A equipe médica foi capaz de fragmentá-la e destruir a parte que atua como "cérebro", uma seqüência de aminoácidos que permanece invariável, apesar das mutações as quais o vírus é submetido, o que seria muito útil no tratamento e prevenção da doença. Normalmente, as defesas imunológicas do corpo humano podem evitar os vírus criando proteínas (anticorpos) que conseguem bloquear os elementos desconhecidos.

No entanto, no caso do HIV o vírus está constantemente mudando e os anticorpos não são capazes de controlar sua progressão, razão pela qual não há uma vacina preventiva para a aids. Concretamente, esse ponto fraco é uma pequena parte entre os aminoácidos 421-433 da proteína gp120, que está sendo estudado para ser usado como agente terapêutico.

Estes aminoácidos funcionam como "cérebro" do vírus que, apesar das mutações sofridas para enganar o corpo humano, permanecem invariáveis e lembram ao HIV para atacar as células. "O HIV não quer que os anticorpos ataquem essa região e utiliza a própria estrutura celular para atacar e confundir os linfócitos B - as células produtoras de anticorpos -, que produzem muitos anticorpos das regiões variáveis do HIV, mas não desta parte principal", explica.

A partir da descoberta, o grupo desenhou anticorpos com atividade enzimática, conhecidos como "abzymes", que podem atacar estes aminoácidos de uma maneira precisa. "Os 'abzymes' reconhecem praticamente todas as diversas formas do HIV encontradas no mundo. Isto resolve o problema da mutabilidade do HIV. O passo seguinte é a confirmação de nossa teoria em testes clínicos humanos", diz Paul.

Ao contrário dos anticorpos, os "abzymes" degradam o vírus de forma permanente. Segundo o estudo, uma só molécula de "abzymes" pode acabar com milhares de partículas do vírus. Os cientistas estudam agora se isto pode ser aplicado ao desenvolvimento de vacinas que possam ser utilizadas como um microbicida para prevenir a transmissão sexual da aids.

Novidades contra a Aids

O Ministério da Saúde vai oferecer um novo medicamento para pacientes com Aids que não respondem mais aos tratamentos convencionais. Depois de três meses de negociação, o governo firmou um acordo com o laboratório Janssen Cilag para compra do antirretroviral etravirina, considerado de terceira geração para tratar a doença. Com a decisão, sobe para 20 a lista de medicamentos oferecidos pelo governo para tratar a doença causa pelo vírus HIV. Os antirretrovirais impedem a multiplicação do vírus no organismo. Com isso, a defesa do corpo melhora e o portador corre menos riscos de desenvolver outras doenças.


http://radioglobo.globoradio.globo.com/noticias/2010/10/15/NOVIDADES-CONTRA-A-AIDS.htm