terça-feira, 30 de novembro de 2010

Uso profilático de antirretroviral diminui infecção por HIV em até 94,9%

Estudo realizado por 11 centros de pesquisa de Brasil, Peru, Equador, Estados Unidos, África do Sul e Tailândia mostrou que o uso profilático do antirretroviral Truvada (que reúne as substâncias emtricitabina e tenofovir) pode reduzir o risco de infecção pelo vírus HIV em até 94,9%. Atualmente, o medicamento é usado apenas para o tratamento de pessoas já infectadas pelo vírus, mas não está disponível no Brasil.
A pesquisa contou com a participação de 2.499 voluntários, todos homens, homossexuais e com alto risco de contrair o vírus (estimado de acordo com o número de parceiros e a frequência com que fizeram sexo sem preservativo nos seis meses anteriores ao estudo). Eles foram divididos em dois grupos, um que recebeu o medicamento, e outro que recebeu placebo.
Todos os voluntários foram orientados a tomar um comprimido por dia. Receberam, também, o que é considerado atualmente o melhor pacote preventivo à infecção por HIV, que inclui testes mensais para a detecção do vírus, aconselhamento pré- e pós-teste, camisinhas, tratamento de doenças sexualmente transmissíveis para si e para os parceiros e exames semestrais para a detecção de uretrite assintomática e úlceras genitais, além de sorologia para herpes e sífilis –a presença de outras doenças facilita a infecção e transmissão pelo HIV.
Eles foram então acompanhados por até três anos. Ao fim desse período, foi constatado que a incidência de infecção por HIV foi 43,8% menor no grupo que recebeu o antirretroviral. O resultado, porém, considerou todos os voluntários recrutados para o estudo, independentemente de eles terem ou não tomado os comprimidos como indicado.
A proteção foi subindo à medida em que os pesquisadores foram selecionando aqueles com maior grau de adesão. Comparando apenas os voluntários que relataram ter tomado os comprimidos em pelo menos metade dos dias, o risco de infecção já foi 50,2% inferior. Entre os que relataram ter tomado o medicamento em no mínimo 90% dos dias, chegou a 72,8%.
O melhor resultado, porém, foi verificado em uma amostra dos voluntários com perfil semelhante que tinham praticado sexo anal passivo desprotegido e foram submetidos a testes para detectar a presença de medicamento no sangue –procedimento que não é realizado em todos devido aos custos envolvidos.
Nesses casos, a incidência da infecção pelo HIV foi 94,9% menor entre os que tinham resquícios do medicamento no sangue do que entre os que não tinham. A presença do medicamento significa que a pessoa tomou pelo menos um comprimido nos 14 dias anteriores à coleta –após esse período, os resquícios não são mais detectados.
A pesquisa também testou a segurança do uso do Truvada em pessoas saudáveis. Nas primeiras quatro semanas, o grupo que recebeu o medicamento teve maior incidência de náuseas do que o grupo que recebeu placebo. Em nenhum caso, porém, as náuseas foram fortes a ponto de levar à interrupção do tratamento.
Cinco (0,4%) dos voluntários que receberam a droga também tiveram elevação dos níveis de creatinina, sinal de danos aos rins. Após a suspensão do uso do medicamento, porém, o quadro voltou ao normal.
Ainda de acordo com a pesquisa, a frequência de outros efeitos colaterais foi a mesma nos dois grupos.
Os pesquisadores ressaltaram, porém, que as pessoas não devem tomar o medicamento por conta própria e nem abrir mão do uso de presevativos, considerada a medida mais eficaz disponível hoje para a prevenção da Aids.
No Brasil, a pesquisa foi conduzida pela Fiocruz, pela USP e pela UFRJ.
Fonte: Folha Online


Leia mais: http://www.aidshiv.com.br/uso-profilatico-de-antirretroviral-diminui-infeccao-por-hiv-em-ate-949/#ixzz16oPU3AxV

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O GRUPO AMIGOS deseja a todos um FELIZ NATAL e um FELIZ 2011.

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"Oração de Natal"

Senhor, nesta Noite Santa, depositamos diante de Tua manjedoura todos os sonhos, todas as lágrimas e esperanças contidos em nossos corações.
Pedimos por aqueles que choram sem ter quem lhes enxugue uma lágrima.
Por aqueles que gemem sem ter quem escute seu clamor.
Suplicamos por aqueles que Te buscam sem saber ao certo onde Te encontrar.
Para tantos que gritam paz, quando nada mais podem gritar.
Abençoa, Jesus-Menino, cada pessoa do planeta Terra, colocando em seu coração um pouco da luz eterna que vieste acender na noite escura de nossa fé.
Fica conosco, Senhor! Assim seja!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

HIV se esconde na medula óssea

Vírus fica latente em células precursoras e volta a causar Aids quando paciente suspende tratamento
Estudo americano aperta cerco contra o parasita e dá mais esperança de que, no futuro, soropositivo possa parar com antirretrovirais
O vírus da Aids consegue se esconder na medula óssea, driblando drogas antirretrovirais e depois despertando de novo para causar a doença, aponta um novo estudo, que pode dar pistas para tratamentos mais eficazes no futuro.
Kathleen Collins, da Universidade de Michigan (EUA) e colegas relatam nesta semana, na edição on-line do periódico “Nature Medicine”, que o HIV é capaz de infectar células precursoras na medula óssea. Essas células dão origem às células sanguíneas, alvos preferenciais do parasita.
Segundo Collins, o vírus fica dormente nas células da medula óssea, mas, quando essas células progenitoras se convertem em células sanguíneas, ele pode ser reativado e causar uma nova infecção.
“Se quisermos um dia encontrar uma maneira de nos livrarmos [da doença]“, afirmou a pesquisadora, o primeiro passo é entender onde uma infecção latente pode continuar.”
Nos últimos anos, os antirretrovirais reduziram enormemente as mortes por Aids, mas os pacientes precisam tomar essas drogas pelo resto da vida para que a infecção não volte. Isso indica que, enquanto os remédios lutam contra os vírus ativos, alguns deles permanecem escondidos, para ressurgirem na primeira interrupção do tratamento.
Covis
Um dos esconderijos do HIV já havia sido encontrado, em células sanguíneas conhecidas como macrófagos. Outro foi descoberto nas chamadas células T de memória.
Mas esses dois covis não podiam explicar todo o HIV que ainda circulava no corpo dos pacientes, disse Collins. Isso indicava que ainda havia lugares a procurar -daí ela ter começado a estudar as células progenitoras na medula.
Descobrir essas fontes de infecção é importante, pois eliminá-las poderia permitir que os pacientes soropositivos parassem de tomar o coquetel de antivirais depois que a infecção terminasse. Isso é crucial especialmente em países onde o tratamento é caro e difícil.
“Não sei quantas pessoas se dão conta de que, embora tenhamos reduzido a mortalidade, ainda temos um longo caminho pela frente [antes de derrotarmos a infecção]“, disse Collins. “Isso acontece principalmente porque nós não podemos parar o tratamento, as pessoas precisam tomar os remédios para o resto da vida.”
Fonte: Folha de S.Paulo


Leia mais: http://www.aidshiv.com.br/hiv-se-esconde-na-medula-ossea/#ixzz169Bkf4bh

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


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Data de fundação do Grupo Amigos dia 07/04/2001.

Missão do Grupo " Dar apoio as pessoas vivendo com HIV/AIDS, seus familíares e amigos".


As reuniões acontecem as quartas-feiras, no horário das 19:30 ás 21:00 horas , dia de recepção dos novos amigos e apresentação da proposta do grupo; aos sábados das 19:30 ás 21:00 são os encontros de convivência, onde é tratado sobre um determinado tema, ou aberto para se ouvir o relato de algum integrante do grupo.

A sede fica na Rua Capitão João Zaleski, 635, Vila Lindóia, Curitiba.

Para mais informações: ( 41 ) 3346-5651 ou pelo e-mail: grupoamigosctbapr@hotmail.com  

sábado, 13 de novembro de 2010

Pesquisadores descobrem como HIV se torna resistente a medicamento


Pesquisadores da Universidade Estadual de New Jersey, nos Estados Unidos, descobriram como o HIV-1, um dos vírus que causam a AIDS, se torna resistente ao AZT, um dos medicamentos mais usados contra a doença.

Em um estudo publicado no periódico Nature Structural & Molecular Biology, os pesquisadores mostraram que o vírus sofre uma mutação que o permite remover o AZT. O AZT funciona impedindo a reprodução do vírus ao inibir a enzima transcriptase reversa. É esta enzima que permite que o vírus transforme RNA (ácido ribonucleico) em DNA e se reproduza. O vírus com mutação usa uma proteína chamada ATP, molécula que transporta energia dentro das células, para remover o AZT.

A mutação já era conhecida, mas ainda não se sabia como o vírus driblava o AZT. A descoberta pode levar à produção de drogas mais eficazes contra a AIDS.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O que é HIV e AIDS?

O que é AIDS?


A aids é a sigla em inglês da síndrome da imunodeficiência adquirida. É causada pelo HIV, vírus que ataca as células de defesa do nosso corpo. Com o sistema imunológico comprometido, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, um simples resfriado ou infecções mais graves como tuberculose e câncer. O próprio tratamento dessas doenças, chamadas oportunistas, fica prejudicado.
Mas, atenção! A aids é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV. Uma pessoa pode passar muitos anos com o vírus sem apresentar sintoma algum. A duração desse período depende da saúde e dos cuidados do soropositivo com o corpo e alimentação.
Quanta mais cedo a infecção for descoberta, melhor. Portanto, faça o teste sempre que se expor ao HIV.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, a aids pode ser considerada uma doença de perfil crônico. Isto significa que é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento e uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal.
Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.

O que é HIV?
O Vírus da Imunodeficiência Humana, conhecido como HIV (sigla originada do inglês: Human Immunodeficiency Virus), é um vírus pertencente à classe dos retrovírus e causador da aids.
Ao entrar no organismo humano, o HIV age no interior das células do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo. As células de defesa mais atingidas pelo vírus são os linfócitos CD4+, justamente aquelas que comandam a reposta específica de defesa do corpo diante de agentes como vírus e bactérias.
O HIV tem a capacidade de se ligar a um componente da membrana dos linfócitos, o CD4, e penetrar nessas células, para poder se multiplicar. O HIV vai usar o DNA da célula para fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe a célula e os novos vírus caem na corrente sanguínea, indo buscar outras células para continuar sua multiplicação.
As células do sistema imunológico de uma pessoa infectada pelo vírus começam então a funcionar com menos eficiência e, com o tempo, a capacidade do organismo em combater doenças comuns diminui, deixando a pessoa sujeita ao aparecimento de vários tipos de doenças e infecções.
O HIV pode levar vários anos, entre o momento da infecção até o surgimento dos primeiros sintomas. Esta fase se denomina de assintomática, pois a pessoa não apresenta nenhum sintoma ou sinal da doença. Este período entre a infecção pelo HIV e a manifestação dos primeiros sintomas da aids irá depender, principalmente, do estado de saúde da pessoa.
Quando se diz que uma pessoa tem HIV, está fazendo referência a essa fase assintomática da doença. Quando se fala em pessoa com Aids, significa dizer que ela já apresenta sintomas que caracterizam a doença, o que geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus HIV.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitas pessoas soropositivas que vivem durante anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem transmitir o HIV aos outros pelas relações sexuais desprotegidas, por compartilhar seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez.
HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), membro da família de vírus conhecida como Retroviridae (retrovírus), classificado na subfamília dos Lentiviridae (lentivírus). Estes vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune. A infecção humana pelo vírus HIV provoca uma moléstia complexa denominada síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

Quais são os Sintomas?
A aids não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Mas os sintomas iniciais geralmente são semelhantes e comuns a outras doenças. Os mais frequentes são gripe persistente, perda de peso, diminuição da força física, febre intermitente (a pessoa fica febril e melhora, e febril novamente com muita frequência), dores musculares, suores noturnos, diarreia.
Como muitas pessoas passam anos sem apresentar sintoma algum, faça o teste sempre que passar por uma situação de risco. O indicado é esperar, pelo menos, um mês após essa possível exposição ao vírus. Esse é o tempo que o organismo leva para produzir anticorpos suficientes que possam ser detectados nos testes de laboratório.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Estudo oferece novas pistas sobre vacina contra a Aids

Estudo oferece novas pistas sobre vacina contra a Aids Eles encontraram cinco aminoácidos na proteína HLA-B vinculados a diferenças na capacidade da pessoa de controlar o HIV. Ligeiras diferenças em cinco aminoácidos numa proteína chamada HLA-B podem explicar por que certas pessoas resistem ao vírus HIV, disseram pesquisadores dos EUA na quinta-feira, num estudo que fornece novas pistas sobre como produzir uma vacina para prevenir a Aids. "Há muito tempo sabemos que algumas pessoas desenvolvem (a doença) extremamente rápido quando são contaminadas, enquanto outras podem ficar bem por três décadas sem precisar de tratamento, e ainda assim parecerem inteiramente bem", disse Bruce Walker, do Hospital Geral de Massachusetts e da Universidade Harvard, cujo estudo saiu na revista Science. "Pensamos que poderíamos aplicar novas técnicas do projeto genoma humano para entender qual é a base genética disso", afirmou ele. Cerca de 1 em cada 300 pessoas contaminadas pelo HIV são capazes de suprimir o vírus com seu sistema imunológico, mantendo a carga viral extremamente baixa. A equipe investigou a composição genética de quase mil pessoas com essa capacidade, comparando-as ao código genético de 2.600 outros soropositivos. Isso os ajudou a identificar cerca de 300 diferentes locais no código genético associados ao controle imunológico do HIV, todos eles localizados no cromossomo 6. Eles então chegaram a quatro alterações individuais no DNA, conhecidas como polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), todas relacionadas ao sistema imunológico. "Fizemos um segundo estudo em que examinamos aminoácido por aminoácido nessa região", disse Walker. Eles encontraram cinco aminoácidos na proteína HLA-B vinculados a diferenças na capacidade da pessoa de controlar o HIV. Essa proteína é importante em ajudar o sistema imunológico e localizar e destruir células infectadas por um vírus, e Walker disse que essas variações genéticas podem fazer uma grande diferença no controle do HIV. Entender como se dá a reação imunológica desses pacientes ao vírus da Aids pode ser um passo importante no desenvolvimento de uma vacina contra o HIV. Em quase 30 anos de epidemia, a doença já contaminou quase 60 milhões de pessoas, a maioria na África, e matou 25 milhões.F