sábado, 29 de outubro de 2011

Anvisa suspende comércio, distribuição e uso de medicamento para o tratamento da Aids

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, como medida de interesse sanitário, a suspensão da distribuição, do comércio e do uso do medicamento Lamivudina 10 miligramas, solução oral. A resolução foi publicada hoje no Diário Oficial da União. As informações são da Agência Brasil.

O produto fabricado por uma indústria goiana é um antirretroviral usado no tratamento de pacientes com aids. A medida foi adotada principalmente em função de notificações repassadas à Anvisa, relacionadas ao aspecto do medicamento.
Acesse o site abaixo.
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=26/10/2011&jornal=1&pagina=138&totalArquivos=240

‘Eu namoro um homem HIV positivo’

O máximo de contato que eu havia tido com o assunto Aids foi durante a adolescência, nos anos de 1980. Meus pais tinham um amigo infectado. Depois, Cazuza e Renato Russo morreram, o filme Filadélfia apavorou meio mundo e a palavra “camisinha” virou cotidiana nas campanhas de carnaval.
Em 2005, conheci um cara e me apaixonei. E ele também se apaixonou. Mas antes do primeiro beijo ele me chamou para conversar. “Sabe o que é, eu tenho HIV. Como é isso para você?”, ele me perguntou, e eu não sabia como era isso para mim. Não me assustei. Simplesmente não tinha ideia do que responder.
Ele me contou que tinha o vírus havia mais ou menos oito anos. Descobriu durante um avaliação médica anual e não tinha ideia de como havia se infectado. Fazia acompanhamento com um infectologista e nunca tinha precisado mudar seu estilo de vida ou tomar remédio. Ou seja: vida normal. Tivemos a boa ideia de marcar uma consulta com o infectologista para conversar sobre o assunto. Marquei e fui, sozinha.
Fiquei duas horas e meia conversando com o médico. Foi uma verdadeira aula, aprendi tudo ali. Que HIV é diferente de Aids. Que você pode ter HIV durante anos e não desenvolver Aids. Que mesmo que você desenvolva Aids, você pode reverter o quadro, tomando os antirretrovirais (famosos coquetéis). Que o importante é sempre manter seus exames em dia. E que sim, você pode se prevenir com 100% de segurança, apenas usando camisinha.
Saí de lá tranquila e a gente começou a namorar direito. Não posso falar que minha vida mudou muito, porque sempre usei camisinha nos meus outros relacionamentos, de qualquer forma. Ou seja, não mudou mesmo.
Outra coisa que sempre fiz foi o exame de HIV a cada seis meses, desde que comecei a me relacionar sexualmente, então isso também não mudou: continuo fazendo.
Ocorreu um fato engraçado quando fui a uma universidade que estudava uma vacina contra a Aids. Fui como voluntária e não me aceitaram porque, como sempre uso camisinha nas relações com meu namorado, consideraram que eu não corria “risco”.
Participei durante alguns anos como moderadora de um fórum sobre HIV na internet e posso afirmar que a desinformação e o preconceito são mesmo gritantes. Uma bebidinha a mais e a camisinha é esquecida. Isso basta para, no dia seguinte, estarem todos lá, no fórum do orkut, chorando com medo de terem sido infectados e não querendo fazer o teste por medo de estarem certos. A gente explicava que não é bem assim, e que fazer o teste é preciso porque é a única forma de você saber se tem HIV ou não.
Eu sempre digo que todo mundo que tem vida sexual ativa precisa fazer o teste de HIV pelo menos uma vez por ano. Descobrindo a presença do HIV no começo da infecção, as chances de não desenvolver Aids são grandes. As mortes por Aids são, em sua imensa maioria, por causa de pessoas que só descobrem a doença quando ela já se manifestou, ou seja, nunca fizeram o teste antes.
Mas isso não quer dizer que eu ache o HIV uma coisa normal e leve de se ter. Não é. Tomar um coquetel de remédios todos os dias de manhã não é uma coisa agradável, seja qual for a sua doença ou o vírus que você tem. Se eu tiver que escolher entre ter e não ter HIV, certamente vou escolher não ter.
É simples assim. Existem muitos casais sorodiscordantes que vivem juntos e têm uma vida sexual ativa e saudável, e se previnem, e vivem bem. A camisinha e o teste são a melhor prevenção que você pode ter.
*A autora do texto preferiu não ter seu nome revelado
Fonte: R7


Leia mais: http://www.aidshiv.com.br/eu-namoro-um-homem-hiv-positivo/#ixzz1cCOVtVI1
 

Nova vacina pode tornar a aids inofensiva

A aids nunca esteve tão próxima de seu fim como doença letal. O Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) anunciou nesta quarta-feira uma vacina capaz de provocar uma resposta imunológica contra o vírus HIV em 90% dos casos. A pesquisa, que já está na fase clínica, sendo testada em humanos, mostrou que, mesmo um ano após receber a vacina, 85% dos voluntários ainda mantinham a imunidade.
“Se tudo der certo, o HIV representará, no futuro, o que o vírus da herpes representa hoje: uma infecção menor que só atinge pessoas com o sistema imunológico debilitado”, afirmou nesta quarta-feira o pesquisador Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha, vinculado ao CSIC, responsável pelo desenvolvimento da vacina.
A pesquisa, publicada nos periódicos Vaccine e no Journal of Virology, além de eficaz, se mostrou perfeitamente segura. Por isso, será administrada, em sua fase 2 de testes clínicos, em voluntários já infectados pelo vírus, como forma de determinar sua eficácia não apenas na prevenção, mas também no tratamento da doença. “Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV”, disse Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, que participou dos testes com os voluntários.
Como funciona — Quando administrada em voluntários saudáveis, a vacina faz com que o sistema imunológico detecte e aprenda a combater componentes do vírus. “É como mostrar uma fotografia do vírus HIV ao sistema imunológico para que ele possa reconhecê-lo quando o vir novamente no futuro”, disse Mariano Esteban.
As principais células de defesa do organismo são os linfócitos T e B. As células B são responsáveis pela chamada imunidade humoral, que ataca as partículas de HIV antes que elas infectem as células. As células de defesa T induzem a imunidade celular, que detecta e destrói as células já infectadas.
A vacina funciona estimulando a produção dessas células. Testes feitos nos 24 voluntários que participaram da pesquisa, um ano depois de receber a vacina, mostraram que a produção de ambos os tipos de células de defesa aumentou em até mais de 70%, enquanto no grupo controle (seis voluntários que não tomaram a vacina) não houve aumento.
Memória — Para que a vacina seja realmente eficaz, é preciso que ela produza linfócitos especiais com “memória”, formados após o primeiro ataque do vírus. Elas ficam no corpo por anos, à espreita de uma nova investida do vírus.
Novamente, testes feitos um ano após a aplicação da vacina mostraram que, em 85% dos voluntários, 50% das células de defesa eram linfócitos T com memória.
No entanto, segundo Esteban, a vacina não é capaz de eliminar totalmente o vírus HIV do organismo. “Mas a imunidade celular que a vacina produz faz com que o vírus fique sob controle”, diz o pesquisador espanhol. “Se o vírus tentar entrar na célula, o sistema imunológico desativará o vírus e destruirá a célula infectada.”
Até agora, a única vacina contra o HIV que chegou à terceira fase de testes clínicos foi feita na Tailândia. As duas primeiras fases testam a toxicidade do composto e sua eficácia, enquanto a terceira e a quarta examinam a posologia do remédio. Como gerou uma defesa de apenas 27%, não pôde ser utilizada na população.
Fonte: Veja.com

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Para cada paciente que inicia tratamento contra aids, dois são contaminados

A Organização das Nações Unidas classificou como frágeis e insuficientes as conquistas no combate à aids. Em um relatório que é uma preparação para uma discussão de alto nível que ocorre em junho, em Nova York, EUA, e deve contar com a presença da presidente Dilma Rousseff, a organização traça metas e afirma que deve haver uma estratégia mundial.
Entre as metas, está a redução à metade da transmissão do vírus HIV por meio de relações sexuais e das mortes de portadores de HIV por tuberculose, além do aumento do alcance das pessoas atingidas pelos tratamentos antiaids.
Segundo o documento, em 2010 6 milhões de pessoas recebiam remédios para manter a doença sob controle, contra 5,2 milhões no ano anterior. Entretanto, para cada paciente que inicia o tratamento, outras duas pessoas são infectadas.
Fonte: Pop.com

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Novos tratamentos aumentam expectativa de vida de pessoas com aids em 15 anos

Entre 1996 e 2008, a expectativa de vida entre os pacientes ingleses com HIV aumentou em 15 anos, segundo estudo publicado nesta quarta-feira no British Medical Journal. A ampliação deve-se principalmente aos novos medicamentos antirretrovirais, principalmente se administrados no começo da doença. Segundo a pesquisa, a aids pode ser considerada uma doença crônica se o tratamento for seguido à risca, embora a expectativa de vida entre os doentes seja menor que entre a população em geral.
Uma equipe de pesquisadores, coordenados pela Dra. Margaret May, da Universidade de Bristol, comparou dados da população britânica em geral com dados coletados de 17.661 pacientes com aids com mais de 20 anos de idade, entre 1996 e 2008.
A análise mostrou que a expectativa de vida média para quem tinha 20 anos de idade saltou de 50 para 66 anos de idade. Entre as mulheres com HIV, o acréscimo foi maior: elas chegam até os 70 anos idade, contra 60 dos homens. A expectativa de vida entre a população britânica é de 78 anos para homens e 82 para mulheres.
O estudo também mostrou que o grande impacto na expectativa de vida causado pelo início do tratamento no tempo certo. Feito de forma errada, pode resultar em uma perda de 15 anos na expectativa de vida.
O vírus HIV ataca as células de defesa do organismo. Para saber quando é necessário administrar os antirretrovirais, é preciso monitorar a quantidade de células imunológicas chamadas CD4 no organismo. Em alguns casos, porém, o número de células CD4 já está em um nível muito baixo, tornando impossível reverter a queda. Neste caso, o paciente morre em pouco tempo, graças a alguma infecção oportunista.
Segundo a pesquisa, quando o número de células CD4 por milímetro cúbico de sangue é de até 100, a expectativa de vida média é de 58 anos; se o número for entre 100 e 199, passa para 61 anos; e entre 200 e 350 vai para 73 anos. Em uma pessoa HIV-negativa, o número de células CD4 fica entre 600 e 1.200 por milímetro cúbico.
“É preciso identificar as pessoas com HIV logo no início da doença para evitar o impacto altamente negativo de se administrar a terapia antirretroviral quando a contagem de CD4 está abaixo de 200 células por milímetro cúbico”, afirma o estudo.
O estudo deixa claro também que apesar dos ganhos serem encorajadores, nem todos os pacientes apresentam o mesmo grau de melhora com os tratamentos.
“É preciso alertar que os ganhos na expectativa de vida só foram alcançados graças com a identificação da doença em seu início, monitoramento regular e tratamento ininterrupto”, afirmaram os autores do estudo.
Fonte: Veja.com

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