sábado, 10 de dezembro de 2011

Aids mata 33 pessoas por dia no Brasil

As mulheres de 13 a 19 anos, os jovens gays e as travestis são os mais vulneráveis”, diz Ministro da Saúde


O Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgaram nesta segunda-feira, dia 28, o novo boletim de Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

Segundo o governo federal, em 2010, foram registradas 11.965 mortes pela doença, uma média de 32,7 (33) óbitos por dia. Em São Paulo estão concentrados 3.141 registros, ou seja, 9 mortes diárias.

Pelos números nacionais, 0,6% da população brasileira convive com o vírus HIV, o que indica que 630 mil habitantes têm o vírus. Em 2010, foram registrados 34.212 novos casos de aids, uma ligeira queda comparado aos 35.979 notificados em 2009.

"Esse boletim nos mostra que mais pessoas vivem com HIV/AIDS e há uma estabilidade de números gerais da epidemia no País”, afirmou durante o evento o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Outro ponto importante que esse boletim nos mostra é que há uma geração, que por não ter vivido o que foi enfrentamento da epidemia na década de 90, que precisa ser focada nas estratégias de prevenção. Há três grupos importantes entre os vulneráveis, as mulheres de 13 a 19 anos, os jovens gays e as travestis”, completou Padilha que fez questão de ressaltar que os “dados mostram que a aids está presente em todo o País, em todos os municípios, em todas as faixas etárias”. “A AIDS não escolhe cara ou paciente".

De mãe para filho

O Brasil reduziu em 40,7% a taxa de incidência de casos de AIDS em crianças menores de cinco anos de idade entre 1998 e 2010, passando de 5,9 para 3,5 casos por 100 mil habitantes. Essa é uma taxa considerada importante pelo Ministério da Saúde para monitorar a transmissão do vírus de mães para filhos – transmissão vertical – já que 85,8% dos casos de AIDS nessa faixa etária acontecem com esse tipo de transmissão.

Para Padilha, esse é um dado importante porque a meta brasileira é eliminar a transmissão vertical até final de 2015, o que significa ter taxa de transmissão menor do que 1%. Hoje, ela está em 3%. “A Rede Cegonha distribui 4,5 milhões de testes rápidos para postos de saúde para que sejam usados durante o pré-natal. Isso reduz o risco de transmissão, porque podemos medicar as mulheres de maneira correta”, afirma.

Mais casos no Rio Grande do Sul

A região Sul apresentou a maior taxa de incidência de casos de AIDS no Brasil em 2010. Foram registrados 28,8 casos novos a cada 100 mil habitantes. As regiões Norte e Sudeste registraram as maiores proporções de casos na sequência: 20,6 e 17,6 a cada 100 mil habitantes. Na região Centro-Oeste, a taxa de incidência ficou em 15,7 e de 12,6 no Nordeste.

A situação do Sul chamou a atenção do Ministério da Saúde. Os estados da região concentram 23% dos casos registrados em 2010, apesar de abrigarem 14,4% da população brasileira. Entre os 100 municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, os dez primeiros são da região Sul. Porto Alegre lidera a lista, com taxa de incidência de 99,8 casos de AIDS por 100 mil habitantes.

“O que nos chamou a atenção na Região Sul e, especialmente, no Rio Grande do Sul, foi a maior proporção de casos de AIDS em relação à população do Sul do País. Além disso, o aumento de casos identificados a partir dos pequenos municípios. Essa pode ser uma fotografia do passado, porque o diagnóstico é feito dez anos após a contaminação em geral. O que pode explicar um pouco essa situação do Sul é que, há dez anos, era onde havia grande transmissão do HIV por causa do uso de drogas injetáveis”, diz Padilha.

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Soropositivo não revela que tem HIV a parceiro ocasional

Pesquisa mostra que boa parte dos portadores do vírus não se sente à vontade de contar

Rio - O que fazer quando o teste de Aids deu positivo? Equipe da Universidade de São Paulo (USP) analisou o comportamento de homens heterossexuais e bissexuais que recebem o diagnóstico. As conclusões foram publicadas no Caderno de Saúde Pública da Fiocruz: estes pacientes se sentem mais à vontade de revelar que estão com o vírus quando têm uma parceira fixa mulher. E geralmente não conversam com parceiros ou parceiras ocasionais.





De acordo com a pesquisa, heterossexuais com parceiras fixas contam que são portadores do HIV em 92,9% dos casos. Quando a parceira é regular, o número cai para 44% e, quando é eventual, para 10%. Já entre os bissexuais, 88,2% dos que têm parceiros fixos contam aos companheiros sobre o vírus.

“O que mais mata é o preconceito. Há um estigma de que Aids está relacionada a homossexuais e, por isso, homens que têm relações com homens são mais receosos em revelar”, diz a psicóloga Vera Paiva, autora do estudo com Aluisio Segurado e Elvira Filipe.

Outro dado relevante é que os homens tendem a evitar revelar que são portadores de HIV para profissionais do sexo com quem se relacionaram. Segundo a pesquisadora, isso aumenta a contaminação. “Cinco entre cada 100 trabalhadores do sexo são soropositivos. Eles não se protegem e, assim, a epidemia circula”, explica.

Para o assessor técnico do programa de HIV e Aids do Ministério da Saúde, Oswaldo Braga, qualquer prática sexual sem preservativo é de risco. “É fundamental o uso da camisinha. Hoje, existem diversos modelos de tamanho, sensibilidade, cor e cheiro para que a pessoa se sinta confortável com o preservativo”, ensina.

Os soropositivos podem ter vida sexual ativa, desde que usem o acessório. “O importante para todos é usar camisinha com consistência, ou seja, com regularidade e de forma correta, sem o uso de lubrificantes que não sejam à base de água”, disse.

‘Você se sente como bomba’

Participantes relataram as dificuldades com os parceiros por serem portadores do vírus. Leia depoimentos:

“Ela quis fazer sexo sem camisinha. Eu disse não porque queria me prevenir de doenças. Ela disse que não tinha nada. Eu acabei com o relacionamento, não queria contar a ela que era eu quem tinha”.

“Por duas vezes, quando eu disse que era soropositivo, a pessoa não quis mais sair comigo. As pessoas acham que você é promíscuo porque tem HIV. Eu prefiro não me envolver mais para não me machucar”.

“Se a outra pessoa não se proteger, você vai para cama se sentindo quase como a bomba de Hiroshima. Não funciona”.

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sábado, 3 de dezembro de 2011

Incidência de Aids no PR supera média nacional

A taxa de incidência de Aids no Paraná chegou a 19 casos para cada 100 mil habitantes e ultrapassou a média nacional, de 17,9. Os dados preliminares constam no Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011, do Ministério da Saúde, divulgado ontem, em Brasília. Em 2009, a taxa paranaense ficou em 19,6, também acima do registrado no País, que foi de 18,8.

O estudo indica ainda que mais da metade dos 100 municípios com maior taxa de incidência (novos casos notificados) de Aids no País ficam na Região Sul. São 28 cidades no Rio Grande do Sul, 18 em Santa Catarina e seis no Paraná.

No Paraná, Pinhais é a cidade com a maior taxa (58,1) para cada 100 mil habitantes, e também aparece na 8 colocação do ranking nacional. Em seguida aparecem Paranaguá (17º), Curitiba (31º), Foz do Iguaçu (50º), Piraquara (68º) e Colombo (91º). No último boletim, divulgado no ano passado, o Estado tinha apenas quatro cidades entre os 100 municípios (Paranaguá, Maringá, Pinhais e Londrina).

Em 2006, com uma taxa de 16,5, foi a última vez em que o Paraná ficou abaixo da média do País (17,3). No total, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados no ano passado 1.984 casos de Aids no Paraná. Uma redução em relação aos 2.086 casos de 2009. Somente neste ano, até o mês de junho, já tinham sido notificados 937 casos. Os números de 2011 só serão fechados no próximo ano.

Conforme o Ministério da Sa© úde, em 2010, 559 pessoas morreram vítimas da Aids no Estado. O número é maior do que o registrado no boletim de 2009 (546). No Brasil foram computadas 11.965 mortes, menos casos que o ano anterior, de 12.097. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que 630 mil brasileiros vivem com Aids, sendo que a doença é mais comum entre os homens (0,82% da população) que entre as mulheres (0,41%). Outros dados também apontam que a prevalência (estimativas de pessoas infectadas pelo vírus HIV) se manteve estável em 2010: 0,6% da população. A incidência (novos casos notificados) teve leve redução de 18,8/100 mil habitantes em 2009, para 17,9 mil habitantes em 2010.

Apesar do Sudeste concentrar 56,4% dos casos de Aids entre 1980 e junho de 2011 (17,6 casos a cada 100 mil habitantes), a Região Sul tem a maior taxa de incidência, 28,8 casos a cada 100 mil habitantes (acúmulo de 123.069 casos em 31 anos). Os três Estados do Sul estão entre os cinco primeiros no ranking da taxa de incidência entre 1998 e 2010. O Rio Grande do Sul é o primeiro com taxa de 27,7 casos por 100 mil habitantes; Santa Catarina é terceiro com 23,5 casos; e o Paraná ocupa a quinta posição com 15,7 casos.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle de Aids e DST da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Katia Adriana Moreira, os jovens ainda deixam de se proteger. ''Isso não pode acontecer. Tem informação de sobra, ações educativas nas escolas. Enfim, todo mundo tem conhecimento dos métodos preservativos'', destacou.

Composto sintético dissolve o vírus da Aids e pode servir para gel vaginal

Um composto sintético chamado PD 404.182 é capaz de dissolver as moléculas do vírus da Aids antes de ele contaminar as células sadias, segundo estudo da Universidade do Texas A&M, nos EUA, publicado na revista científica "Antimicrobial Agents and Chemotherapy", da Sociedade Americana de Microbiologia.

Com o rompimento do material genético do HIV, o ácido ribonucleico (RNA) é exposto e o vírus se torna não-infeccioso. Segundo a pesquisadora Zhilei Chen, professora assistente da universidade e responsável pelo trabalho, nesse caso específico o HIV não consegue alterar as proteínas para reforçar sua resistência – algo que até então o tem tornado difícil de tratar.

Embora essa não seja uma cura para a Aids, o PD 404.182 demonstra grande potencial para uso preventivo, especificamente na forma de gel de uso tópico, que poderia ser aplicado no canal vaginal, segundo a autora do estudo.

"Sob a forma de gel, o composto serviria como uma barreira, atuando quase que instantaneamente para destruir o vírus antes que ele possa infectar a célula, o que impediria a transmissão do HIV de uma pessoa para outra", destaca.

Surpreendentemente, Chen e a equipe não tentavam descobrir um modo de combater o HIV. Eles faziam testes moleculares para potenciais terapias medicamentosas contra o vírus da hepatite C, que pode causar uma doença fatal no fígado. Com um sistema de triagem, os pesquisadores examinaram milhares de compostos em busca daqueles que poderiam bloquear o ciclo de vida do vírus da hepatite C.

Os cientistas então testaram o PD 404.182 sobre o HIV, e o composto se mostrou ainda mais eficaz contra o vírus da Aids que contra o da hepatite C. "Acreditamos que esse composto não funcione na proteína viral do HIV, mas em alguma material celular comum a todos os vírus que nós monitoramos”, observa Chen.

Como é o caso de qualquer substância com potencial farmacêutico, vários passos ainda são necessários antes que o composto chegue às prateleiras das farmácias. É preciso fazer diversos estudos com animais e análises químicas para aprimorar a eficácia do PD 404.182. Além disso, Chen quer explorar melhor o mecanismo pelo qual o composto rompe o HIV.

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/12/composto-sintetico-dissolve-o-virus-da-aids-e-pode-servir-para-gel-vaginal.html
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Um portador do vírus HIV fala sobre a dificuldade de falar sobre a doença

sábado, 26 de novembro de 2011

Personagens com Aids na novela Vidas em Jogo levantam debate sobre a doença

No capítulo desta terça-feira (22) da novela Vidas em Jogo (Record), a poderosa Regina - personagem da atriz Beth Goulart - vai sofrer um baque. A empresária saberá, enfim, o resultado de seu exame de Aids. E as notícias não são nada boas: ela é diagnosticada como portadora do vírus HIV.

Com a vilã, sobe para três o número de soropositivos na trama de Cristianne Fridman, já que o miliciano Cléber (Sandro Rocha) e a milionária Andrea (Simone Spoladore) também têm a doença. É o salafrário Cléber, aliás, quem está disseminando a Aids entre as personagens (ele é amante de Regina e violentou a ex-taxista).

Presidente da ONG paulistana Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (Gapa), Áurea Abade, em entrevista ao R7, considera importante a abordagem do tema na novela da Record.

- Ajuda muito na nossa luta pela conscientização da Aids e para tentar combater o preconceito que ainda persiste na sociedade. Sempre é bom falar sobre a doença. E quando se fala numa novela, as pessoas prestam mais atenção. É importante saber que há tratamento e se saber sobre os meios de prevenção também.

Áurea diz ainda que Vidas em Jogo ajuda a manter a doença na mídia, já que desde o Carnaval o governo federal não fez campanha alguma sobre Aids.

- O ideal seria termos mais campanhas, mas a novela serve para alertar. Estamos em novembro e não teve outra campanha do governo federal desde o Carnaval. É sempre assim: às vésperas do Dia Mundial, em 1º de dezembro, e no Carnaval. Depois acaba. Só que a doença está aí o ano todo!

Assim que abrir o resultado do exame, Regina vai se desesperar. Descontrolada, a empresária tentará se matar. Áurea disse que a reação intempestiva é comum.

- O desespero ainda é muito grande. Mesmo hoje, com os tratamento, a doença é vista como uma sentença de morte. O ideal é fazer um pré-teste, com muita informação, explicando-se o tratamento, para só depois fazer um novo exame. Se der positivo, o paciente tem que ser encaminhado imediatamente para aconselhamento psicológico, caso não se sinta seguro para assumir a doença para ele mesmo e para os amigos, parentes e companheiro ou companheira. O paciente tem que se aceitar para procurar mais informação.

A discriminação, aponta Áurea, ainda existe.

- Principalmente no ambiente de trabalho. Muitos soropositivos ainda são demitidos por conta da doença. Mas desde 1988 conseguimos a reintegração de funcionários na Justiça.

Os espectadores da trama também aprovam a abordagem do delicado tema. O securitário carioca Oduvaldo da Silva, de 59 anos, acha importante falar sobre Aids numa novela.

- A novela tem tratado o tema como se fosse na vida real e tem conseguido passar o suspense que a Regina está enfrentando enquanto não sabe o resultado, por exemplo. É interessante esse debate. A Aids está aí, é real, de verdade. Agora, como a Regina faz muita maldade com todo mundo, o público está torcendo para ela estar contaminada.

Já a professora aposentada Maria Lima, de 64 anos, está triste com o diagnóstico de Regina.

- Mesmo aprontando muito, ninguém merece ter esta doença, que ainda não tem cura. Acho que ela merecia outro castigo. Apesar disso, gosto da forma, bem real, com que o drama dos portadores da Aids é mostrado na novela.

Fonte: R7

Médicos detectam forma rara do HIV em homem na França

Cientistas encontraram uma forma rara e mais agressiva do HIV, mais comum em chimpanzés do que em humanos, pela primeira vez fora de Camarões.

Conhecida como “grupo N”, essa mutação estava até agora contida no país africano. Na revista médica “Lancet”, nesta quinta-feira (24), cientistas confirmaram que a infecção foi detectada em um homem na França que tinha viajado para o Togo.

Os casos de HIV em seres humanos são, em sua maioria, dos grupos chamados de O e M. O grupo N foi encontrado pela primeira vez em uma mulher camaronesa em 1998. De lá para cá, apenas 12 outros casos do tipo foram identificados. Uma outra variação, conhecida como P, contaminou outra camaronesa, que vivia em Paris.

O homem atendido na França tem 57 anos e apresentou um caso grave da doença, oito dias após retornar do Togo, onde admitiu ter tido relações sexuais desprotegidas. Ele tinha febre, assaduras, alergias, glândulas linfáticas inchadas e feridas na região genital. Os sintomas eram fortes e as células de defesa do organismo caíram rapidamente. Foi preciso uma combinação de cinco remédios antirretrovirais para conter a doença inicialmente, mas os médicos não sabem se o tratamento terá efeito a longo prazo.


Fonte: G1

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tipo de HIV transmitido pelo sexo não é o mesmo que está no sangue

Algumas variações do vírus têm maior chance de transmissão do que outras.
Autor diz que descoberta pode ajudar a elaborar vacinas.


Quando uma pessoa porta o HIV, ela tem em seu corpo diferentes formas do vírus, que passou por variações genéticas. Se ela tem uma relação sexual desprotegida, a forma do vírus que é passada para frente não é a que é mais abundante no corpo, segundo um estudo publicado pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
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A descoberta sugere que alguns tipos do vírus são mais adaptados ao processo de transmissão.
“Se o sucesso do estabelecimento do vírus [no corpo do infectado] fosse só pelo acaso, na maioria das vezes seria um dos vírus mais abundantes no trato genital de quem transmite. Mas não é isso que vemos”, argumenta o autor do estudo, Eric Hunter, da Universidade Emory, nos EUA.
O pesquisador sabe que “ainda há muito trabalho a fazer”, mas acredita que os resultados vão desencadear novos estudos, que levarão a uma compreensão melhor de como acontece o contágio.
“O grande desafio agora é entender as características dos vírus que começam a infecção e colocá-las como alvos de microbicidas ou vacinas. Isso poderia nos ajudar a tentar proteger as pessoas de uma maneira bem mais inteligente”, explica Hunter.
A pesquisa foi feita com apoio dos programas de pesquisa de HIV de Ruanda e Zâmbia, dois países africanos. Os cientistas analisaram material de oito casais heterossexuais assim que o diagnóstico do HIV foi confirmado no segundo parceiro. Em seis desses oito casos, a transmissão foi da mulher para o homem.

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/tipo-de-hiv-transmitido-pelo-sexo-nao-e-o-mesmo-que-esta-no-sangue.html
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Estudo mostra que pacientes já em tratamento estão transmitindo o HIV

Pesquisadora israelense alerta para avanço da Aids, sobretudo entre gays.
No Brasil, programa leva testes para locais frequentados por homossexuais.

Uma pesquisa israelense mostra que pessoas que sabem que têm o HIV estão fazendo sexo sem camisinha e transmitindo o vírus para outras pessoas. A equipe de Zehava Grossman, pesquisadora da Universidade de Tel Aviv encontrou, em pacientes recém-diagnosticados, formas do vírus resistentes a drogas. Isso mostra que eles receberam o HIV de pessoas que já tomam o coquetel para controlar a doença.
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Além disso, outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) foram encontradas nos testes, o que é mais uma indicação de que as pessoas deixaram de usar o preservativo em relações sexuais.
"A informação que temos é em Israel, mas temos tendências semelhantes nos EUA, na Europa e na Austrália", diz Grossman, sobre a falta de cuidado com o sexo seguro. "No nosso trabalho, fica bem claro que é uma tendência de 2007 para cá", completa.
Grossman afirma ainda que as pessoas infectadas têm consciência do que é um comportamento de risco. No teste de laboratório, é possível perceber se a pessoa adquiriu o vírus recentemente. A pesquisadora afirma que, nos últimos anos, muitos foram diagnosticados nesse quadro, e isso mostra que eles já imaginavam que poderiam estar com o HIV, provavelmente porque sabiam que tinham sido expostos ao risco.
Os dados obtidos deixam a pesquisadora preocupada principalmente com homens homossexuais. Ela diz que o número de gays diagnosticados é cinco vezes maior do que era há dez anos. Entre os heterossexuais, a variação não foi significativa, segundo ela.

Quero Fazer
No Brasil, uma campanha contra a Aids se volta para esse mesmo público. O programa Quero Fazer leva um trailler equipado com kits de teste rápidopara locais que são normalmente frequentados por homossexuais.
O exame é feito com uma gota de sangue, retirada com uma picada na ponta do dedo, e demora entre 45 minutos e uma hora para ser comunicado ao paciente.
Trailler do programa Quero Fazer no Largo do Arouche, centro de São Paulo (Foto: Tadeu Meniconi/G1)
Trailler do programa Quero Fazer no Largo do
O projeto, que já está presente em Brasília, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, é uma parceria do Ministério da Saúde com autoridades locais e organizações não governamentais (ONG's). Há ainda o apoio da Agência Norte-americana para o Desenvolvimento Internacional.
Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, diz que não há registro de que a transmissão seja maior entre os gays, mas que esse é sim um grupo em que o HIV é mais comum, assim como entre profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis.
Segundo ele, o objetivo do Quero Fazer é "facilitar o acesso de populações que são diferentes do padrão usual da população" ao teste. "Muitas vezes, eles se sentem discriminados", comenta Greco, que especifica: "principalmente os travestis".
 
In loco
José Araujo, diretor da ONG Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada (Epah), toma conta do trailler instalado no Largo do Arouche, centro de São Paulo, todos os domingos, de 16h às 20h. Ele e outros integrantes da Epah conversam com os interessados, explicam o que é o teste, tranquilizam os que esperam pelo resultado, e recebem abraços dos pacientes quando o resultado dá negativo.
Com o conhecimento de causa que a proximidade traz, Araujo concorda com o que o Ministério da Saúde diz.
"O preconceito está no ser humano, ele existe. O homossexual quer um serviço direcionado para ele, onde ele não seja julgado", argumenta o diretor, que dá o exemplo de uma pessoa que percorreu os 60 km que separam Jundiaí da capital do estado apenas para fazer o teste oferecido pelo programa.
Paciente faz teste de HIV no trailler do programa Quero Fazer, em São Paulo (Foto: Tadeu Meniconi/G1)
Paciente faz teste de HIV no trailler do programa Quero Fazer, em São Paulo (Foto: Tadeu Meniconi/G1)

Além disso, a instalação de um trailler no centro da cidade e no fim de semana resolve uma questão prática. "Sempre foi constatado que a dificuldade é encontrar o teste, e não fazê-lo", acrescenta Araujo.
O trailler é composto de um laboratório e duas salas e aconselhamento, nas quais os atendentes sociais conversam com os pacientes antes do exame e na hora de dar o resultado.
O teste pode ser feito a partir dos 12 anos, que é quando começa a adolescência, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, desde que o jovem tenha plena consciência do significado.
Números
O Ministério da Saúde estima que 0,6% da população brasileira seja portadora do HIV. Há cerca de 215 mil pacientes em tratamento. A cada ano, entre 20 mil e 25 mil novos casos são diagnosticados e cerca de 12 mil morrem por causa da Aids.
No Brasil, cerca de 30% dos diagnósticos são feitos só depois que o sistema imunológico já foi afetado. Nesses casos, além de controlar a Aids, é preciso também combater as doenças que ela pode acarretar, como, por exemplo, a tuberculose.
Por isso, Greco enfatiza que diagnosticar a doença cedo – o que só é possível com o exame específico de sangue – ajuda no tratamento. “Quanto melhor você estiver, menor a chance de surgirem efeitos colaterais [do remédio]”, afirma o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, que é infectologista.

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Número de casos de Aids preocupa saúde pública

O último Censo do IBGE indica que o Estado (PR) tem 1.316.554 de habitantes com mais de 60 anos (números de 2010). Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério Público do Paraná, através do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos do Idoso, quando foi feita uma avaliação sobre a situação da população idosa paranaense. O levantamento feito pelo MP-PR, em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso e a Associação dos Municípios do Paraná, traz dados a respeito das políticas públicas que cada cidade paranaense tem adotado para atender essa faixa da população, informações sobre os conselhos municipais de direitos dos idosos e entidades de longa permanência (asilos), formas alternativas de asilamento, entre outras.
Em Ponta Grossa vivem cerca de 20 mil pessoas com idade acima dos 60 anos, conforme dados do IBGE de 2010. Mas, apesar das várias atividades desenvolvidas, o município não conta com um Conselho do Idoso. E uma das maiores preocupações dos setores de saúde é com o aumento das doenças sexualmente transmissíveis entre este público. Com as melhorias das condições de vida os idosos estão mais saudáveis e sexualmente mais ativos e isso acaba gerando alguns riscos.
Fonte: JMNEWS
http://hivempauta.wordpress.com/2011/10/01/numero-de-casos-de-aids-preocupa-saude-publica/

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sábado, 29 de outubro de 2011

Anvisa suspende comércio, distribuição e uso de medicamento para o tratamento da Aids

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, como medida de interesse sanitário, a suspensão da distribuição, do comércio e do uso do medicamento Lamivudina 10 miligramas, solução oral. A resolução foi publicada hoje no Diário Oficial da União. As informações são da Agência Brasil.

O produto fabricado por uma indústria goiana é um antirretroviral usado no tratamento de pacientes com aids. A medida foi adotada principalmente em função de notificações repassadas à Anvisa, relacionadas ao aspecto do medicamento.
Acesse o site abaixo.
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=26/10/2011&jornal=1&pagina=138&totalArquivos=240

‘Eu namoro um homem HIV positivo’

O máximo de contato que eu havia tido com o assunto Aids foi durante a adolescência, nos anos de 1980. Meus pais tinham um amigo infectado. Depois, Cazuza e Renato Russo morreram, o filme Filadélfia apavorou meio mundo e a palavra “camisinha” virou cotidiana nas campanhas de carnaval.
Em 2005, conheci um cara e me apaixonei. E ele também se apaixonou. Mas antes do primeiro beijo ele me chamou para conversar. “Sabe o que é, eu tenho HIV. Como é isso para você?”, ele me perguntou, e eu não sabia como era isso para mim. Não me assustei. Simplesmente não tinha ideia do que responder.
Ele me contou que tinha o vírus havia mais ou menos oito anos. Descobriu durante um avaliação médica anual e não tinha ideia de como havia se infectado. Fazia acompanhamento com um infectologista e nunca tinha precisado mudar seu estilo de vida ou tomar remédio. Ou seja: vida normal. Tivemos a boa ideia de marcar uma consulta com o infectologista para conversar sobre o assunto. Marquei e fui, sozinha.
Fiquei duas horas e meia conversando com o médico. Foi uma verdadeira aula, aprendi tudo ali. Que HIV é diferente de Aids. Que você pode ter HIV durante anos e não desenvolver Aids. Que mesmo que você desenvolva Aids, você pode reverter o quadro, tomando os antirretrovirais (famosos coquetéis). Que o importante é sempre manter seus exames em dia. E que sim, você pode se prevenir com 100% de segurança, apenas usando camisinha.
Saí de lá tranquila e a gente começou a namorar direito. Não posso falar que minha vida mudou muito, porque sempre usei camisinha nos meus outros relacionamentos, de qualquer forma. Ou seja, não mudou mesmo.
Outra coisa que sempre fiz foi o exame de HIV a cada seis meses, desde que comecei a me relacionar sexualmente, então isso também não mudou: continuo fazendo.
Ocorreu um fato engraçado quando fui a uma universidade que estudava uma vacina contra a Aids. Fui como voluntária e não me aceitaram porque, como sempre uso camisinha nas relações com meu namorado, consideraram que eu não corria “risco”.
Participei durante alguns anos como moderadora de um fórum sobre HIV na internet e posso afirmar que a desinformação e o preconceito são mesmo gritantes. Uma bebidinha a mais e a camisinha é esquecida. Isso basta para, no dia seguinte, estarem todos lá, no fórum do orkut, chorando com medo de terem sido infectados e não querendo fazer o teste por medo de estarem certos. A gente explicava que não é bem assim, e que fazer o teste é preciso porque é a única forma de você saber se tem HIV ou não.
Eu sempre digo que todo mundo que tem vida sexual ativa precisa fazer o teste de HIV pelo menos uma vez por ano. Descobrindo a presença do HIV no começo da infecção, as chances de não desenvolver Aids são grandes. As mortes por Aids são, em sua imensa maioria, por causa de pessoas que só descobrem a doença quando ela já se manifestou, ou seja, nunca fizeram o teste antes.
Mas isso não quer dizer que eu ache o HIV uma coisa normal e leve de se ter. Não é. Tomar um coquetel de remédios todos os dias de manhã não é uma coisa agradável, seja qual for a sua doença ou o vírus que você tem. Se eu tiver que escolher entre ter e não ter HIV, certamente vou escolher não ter.
É simples assim. Existem muitos casais sorodiscordantes que vivem juntos e têm uma vida sexual ativa e saudável, e se previnem, e vivem bem. A camisinha e o teste são a melhor prevenção que você pode ter.
*A autora do texto preferiu não ter seu nome revelado
Fonte: R7


Leia mais: http://www.aidshiv.com.br/eu-namoro-um-homem-hiv-positivo/#ixzz1cCOVtVI1
 

Nova vacina pode tornar a aids inofensiva

A aids nunca esteve tão próxima de seu fim como doença letal. O Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) anunciou nesta quarta-feira uma vacina capaz de provocar uma resposta imunológica contra o vírus HIV em 90% dos casos. A pesquisa, que já está na fase clínica, sendo testada em humanos, mostrou que, mesmo um ano após receber a vacina, 85% dos voluntários ainda mantinham a imunidade.
“Se tudo der certo, o HIV representará, no futuro, o que o vírus da herpes representa hoje: uma infecção menor que só atinge pessoas com o sistema imunológico debilitado”, afirmou nesta quarta-feira o pesquisador Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha, vinculado ao CSIC, responsável pelo desenvolvimento da vacina.
A pesquisa, publicada nos periódicos Vaccine e no Journal of Virology, além de eficaz, se mostrou perfeitamente segura. Por isso, será administrada, em sua fase 2 de testes clínicos, em voluntários já infectados pelo vírus, como forma de determinar sua eficácia não apenas na prevenção, mas também no tratamento da doença. “Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV”, disse Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, que participou dos testes com os voluntários.
Como funciona — Quando administrada em voluntários saudáveis, a vacina faz com que o sistema imunológico detecte e aprenda a combater componentes do vírus. “É como mostrar uma fotografia do vírus HIV ao sistema imunológico para que ele possa reconhecê-lo quando o vir novamente no futuro”, disse Mariano Esteban.
As principais células de defesa do organismo são os linfócitos T e B. As células B são responsáveis pela chamada imunidade humoral, que ataca as partículas de HIV antes que elas infectem as células. As células de defesa T induzem a imunidade celular, que detecta e destrói as células já infectadas.
A vacina funciona estimulando a produção dessas células. Testes feitos nos 24 voluntários que participaram da pesquisa, um ano depois de receber a vacina, mostraram que a produção de ambos os tipos de células de defesa aumentou em até mais de 70%, enquanto no grupo controle (seis voluntários que não tomaram a vacina) não houve aumento.
Memória — Para que a vacina seja realmente eficaz, é preciso que ela produza linfócitos especiais com “memória”, formados após o primeiro ataque do vírus. Elas ficam no corpo por anos, à espreita de uma nova investida do vírus.
Novamente, testes feitos um ano após a aplicação da vacina mostraram que, em 85% dos voluntários, 50% das células de defesa eram linfócitos T com memória.
No entanto, segundo Esteban, a vacina não é capaz de eliminar totalmente o vírus HIV do organismo. “Mas a imunidade celular que a vacina produz faz com que o vírus fique sob controle”, diz o pesquisador espanhol. “Se o vírus tentar entrar na célula, o sistema imunológico desativará o vírus e destruirá a célula infectada.”
Até agora, a única vacina contra o HIV que chegou à terceira fase de testes clínicos foi feita na Tailândia. As duas primeiras fases testam a toxicidade do composto e sua eficácia, enquanto a terceira e a quarta examinam a posologia do remédio. Como gerou uma defesa de apenas 27%, não pôde ser utilizada na população.
Fonte: Veja.com

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Para cada paciente que inicia tratamento contra aids, dois são contaminados

A Organização das Nações Unidas classificou como frágeis e insuficientes as conquistas no combate à aids. Em um relatório que é uma preparação para uma discussão de alto nível que ocorre em junho, em Nova York, EUA, e deve contar com a presença da presidente Dilma Rousseff, a organização traça metas e afirma que deve haver uma estratégia mundial.
Entre as metas, está a redução à metade da transmissão do vírus HIV por meio de relações sexuais e das mortes de portadores de HIV por tuberculose, além do aumento do alcance das pessoas atingidas pelos tratamentos antiaids.
Segundo o documento, em 2010 6 milhões de pessoas recebiam remédios para manter a doença sob controle, contra 5,2 milhões no ano anterior. Entretanto, para cada paciente que inicia o tratamento, outras duas pessoas são infectadas.
Fonte: Pop.com

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Novos tratamentos aumentam expectativa de vida de pessoas com aids em 15 anos

Entre 1996 e 2008, a expectativa de vida entre os pacientes ingleses com HIV aumentou em 15 anos, segundo estudo publicado nesta quarta-feira no British Medical Journal. A ampliação deve-se principalmente aos novos medicamentos antirretrovirais, principalmente se administrados no começo da doença. Segundo a pesquisa, a aids pode ser considerada uma doença crônica se o tratamento for seguido à risca, embora a expectativa de vida entre os doentes seja menor que entre a população em geral.
Uma equipe de pesquisadores, coordenados pela Dra. Margaret May, da Universidade de Bristol, comparou dados da população britânica em geral com dados coletados de 17.661 pacientes com aids com mais de 20 anos de idade, entre 1996 e 2008.
A análise mostrou que a expectativa de vida média para quem tinha 20 anos de idade saltou de 50 para 66 anos de idade. Entre as mulheres com HIV, o acréscimo foi maior: elas chegam até os 70 anos idade, contra 60 dos homens. A expectativa de vida entre a população britânica é de 78 anos para homens e 82 para mulheres.
O estudo também mostrou que o grande impacto na expectativa de vida causado pelo início do tratamento no tempo certo. Feito de forma errada, pode resultar em uma perda de 15 anos na expectativa de vida.
O vírus HIV ataca as células de defesa do organismo. Para saber quando é necessário administrar os antirretrovirais, é preciso monitorar a quantidade de células imunológicas chamadas CD4 no organismo. Em alguns casos, porém, o número de células CD4 já está em um nível muito baixo, tornando impossível reverter a queda. Neste caso, o paciente morre em pouco tempo, graças a alguma infecção oportunista.
Segundo a pesquisa, quando o número de células CD4 por milímetro cúbico de sangue é de até 100, a expectativa de vida média é de 58 anos; se o número for entre 100 e 199, passa para 61 anos; e entre 200 e 350 vai para 73 anos. Em uma pessoa HIV-negativa, o número de células CD4 fica entre 600 e 1.200 por milímetro cúbico.
“É preciso identificar as pessoas com HIV logo no início da doença para evitar o impacto altamente negativo de se administrar a terapia antirretroviral quando a contagem de CD4 está abaixo de 200 células por milímetro cúbico”, afirma o estudo.
O estudo deixa claro também que apesar dos ganhos serem encorajadores, nem todos os pacientes apresentam o mesmo grau de melhora com os tratamentos.
“É preciso alertar que os ganhos na expectativa de vida só foram alcançados graças com a identificação da doença em seu início, monitoramento regular e tratamento ininterrupto”, afirmaram os autores do estudo.
Fonte: Veja.com

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

História da AIDS no MUNDO

1926 -1946:
· Esse é o período no qual os cientistas acreditam que o HIV passou de macacos para humanos. Há discordâncias. Alguns cientistas acreditam que possa ter ocorrido antes.

1959:
· Um homem morre em Kinshasa, no Congo (ex-Zaire), de AIDS. È o primeiro caso comprovado no mundo, diagnosticado pelo sangue estocado.

1969:
· Em 28 de junho, em um bar de Nova Iorque, chamado Stonewall, gays enfrentam policiais que os perseguiam. Esta data hoje é comemorada como “Dia Internacional do Orgulho Gay” .
1971:
· No México, é organizado o primeiro grupo de defesa de gays e lésbicas da América Latina, com a publicação de um boletim homossexual.

1981:
· O "Centers for Disease Control and Preventions (CDC)", dos EUA, publica em junho, no "Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR) " , artigo relatando cinco casos de "Pneumocystis carinni" e, homens jovens, em Los Angeles, identificados como homossexuais, sendo que dois já haviam falecido.
· O Jornal The New York Times, publica a primeira matéria contando a existência de consistentes patologias entre homossexuais, um “câncer gay”.
· O Jornal do Brasil reproduz a matéria.

1982:

· É dado o nome de GRID ( Gay - Related Immune Deficiency) para descrevera a nova síndrome.
· É fundado, em Nova Iorque, o Gay Men´s Health Crisis (GMHC).
· A síndrome é renomeada para AIDS ( Acquired Immuno Deficiency Syndrome).
· Durante o ano são identificados três modos de transmissão: sangue, mãe para filho e relação sexual.

1983:
· O Instituto Pasteur, na França, acredita que isolou um novo vírus, que causa a AIDS. O vírus foi chamado de LAV (Lymphadenopathy-associated virus)

1984:
· O governo norte-americano anuncia que o Dr. Robert Gallo, do Instituto Nacional do Câncer, isola um retrovírus que causa a AIDS. O vírus foi chamado de HTLV-III.
· A AIDS é declarada uma doença notificável nos EUA
· Em São Francisco , EUA, são fechadas todas as saunas.
· Morre o escritor Francês Michel Foucalt aos 58 anos.
· Morre o comissário de bordo canadense Gaetan Dugas, por algum tempo considerado como o "paciente zero", a pessoa que "trouxe" a Aids para os EUA

1985:
· O primeiro teste de detecção para o HIV fica disponível nos EUA
· Realização em Atlanta (EUA), da I Conferência Internacional de AIDS
· Morre o ator Rock Hudson, em outubro.
· Morre Ricky Wilson, guitarrista da banda de rock B-52’s.

1986:

· Criação, pela Organização Mundial de Saùde (OMS) do Special Programme on AIDS, coordenado por Jonathan Mann.
· Um comitê internacional avalaia e declara que LAV e HTLV-III são um mesmo vírus. Um novo nome é dado: HIV (Human Immunodeficiency Vírus).
· Realização da II Conferência Internacional de AIDS em Paris (França)

1987:
· O AZT é aprovado como medicamento para AIDS.
· Mudança do Special Programme on AIDS para Global Programme on AIDS ( GPA)
· O Presidente do Zâmbia comunica que seu filho morreu de AIDS.
· Os EUA aprovam uma legislação que proíbe a entrada no país de pessoas HIV positivas.
· Realização da III Conferência Internacional de AIDS em Whashington (EUA)
· Fundado em março, em Nova Iorque, o grupo ACT UP (AIDS Coalition to Unleash Power).
· Norine Kaleeba funda, em Uganda, a organização TASO (The AIDs Support Organization), uma das primeiras e uma das maiores ongs africanas, criada para oferecer apoio e assistência para pessoas com HIV/AIDS.
· Em São Francisco, Estados Unidos, é feito o primeiro painel para o “AIDS Memorial Quilt” (Names Project) , conhecido no Brasil como Projeto Nomes.
· Estabelecimento em Londre, do Steering Committee of People Living With HIV/AIDS. Que em 1992 mudou o nome para Global Network of People Living with HIV/AIDS (GNP+).
· A OMS reporta, novembro que o número total de casos notificados no mundo é de 62.811 casos de AIDS.

1988:

· Estabelecimento, pela OMS, do 1º de Dezembro, como o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS.
· Realização da IV Conferência Internacional de AIDS em Estocolmo (Suécia).

1989:

· A OMS divulga que o número total de casos de AIDS em todo o mundo é de 203.599.
· Realização da V Conferência Internacional de AIDS em Montreal (Canadá).
· Primeiro encontro Internacional sobre ONGs chamada: “ Opportunities for Solidarity”, em Montreal, Canadá.

1990:
· A OMS reporta o total de 307 mil casos de AIDS, oficialmente notificados em todo o mundo.
· Realização em Paris, do II Encontro Internacional de Ong com atividades em AIDS
· Criação do International Council of AIDS Service Organization (ICASO)
· É estabelecido em Kampala, Uganda, “The AIDS Information Center”, o primeiro programa na África, a ofercer teste voluntário e aconselhamento em HIV.
· Jonathan Mann sai da coordenação do Programa Global de AIDS.
· O norte-americano Michael Merson assume a coordenação do Programa Global de AIDS.
· Realização da VI Conferência Internacional de Aids em São Francisco (EUA).

1991:
· O jogador norte americano, Magic Johnson, comunica que é soropositivo.
· Morre, Freddie Mercury, cantor do grupo de Rock Queen, aos 45 anos, menos de 24 horas de oficializar que tinha AIDS.
· Criação da Global Network of People Living with HIV/AIDS – (GNP+).
· Lançado mundialmente o ddI como um novo inibidor de transcriptase reversa.
· Realização da VII Conferência Internacional de AIDS em Florença (Itália).
· O laço vermelho é lançado como um símbolo internacional de conscientização a AIDS.
· A Organização Mundial de Saúde anuncia que 10 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus HIV no mundo.

1992:
· Criação da "Internacinal Community of Women Living With HIV/AIDS (ICW).
· O FDA aprovou o uso de ddC em combinação com o AZT para tratamento de infecções avançadas de AIDS, marcando com sucesso a primeira terapia de combinação de drogas no tratamento da AIDS.
· O International Steering Committee of People Living with HIV/AIDS muda de nome para Global Network of People Living with HIV/AIDS (GNP+)
· Inicia-se uma rodada de negociações internacionais multilaterais conhecida como “Uruguay Round” , que resultou na criação da OMC. Para aderirem à OMC, os países candidatos tiveram que concordar com um conjunto de acordos e tratados relacionaos ao comércio de bens e serviços, assim como o “Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights” , o acordo TRIPS, sobre aspectos relacionados ao comércio dos direitos de propriedade intelectual, que não diz respeito diretamente ao comércio, mas à defesa das questões relacionadas à propriedade intelectual.
· Realização da VIII Conferência Internacional de AIDS em Amsterdã (Holanda)
· A França condena 3 oficiais do departamento de saúde pela distribuição de produtos derivados de sangue em 1985 infectados com HIV, levando à infecção centenas de pacientes receptores de transfusão.
· Morre Isaac Asimov, escritor de ficção científica, vítima da AIDS contraída em 1989 através de uma transfusão sanguínea durante uma cirurgia cardíaca.

1993:
· O Estudo Concorde conclui que AZT não é uma terapia útil para as pessoas HIV+ que inda não desenvolveram sintomas.
· Realização da IX Conferência Internacional de Ais em Berlim (Alemanha).
· Morre o bailarino russo Rudolf Nureyev.
· Morre o tenista americano Arthur Ashe.
· Morre Ray Gillen , vocalista da banda Badlands.

1994:
· Morre, em fevereiro, o jornalista Randy Shilts, autor de "And the band played on", editado na década de 80, e traduzido para o português, em 1990, como "O prazer com o risco de vida". O livro de Shilts foi um dos primeiros relatos sobre a forma como a AIDS afetou a comunidade gay norte-americana.
· Realização da X Conferência Internacional de AIDS em Yokohama (Japão).
· O ator Tom Hanks ganha o Oscar pelo papel de um homossexual com AIDS no filme "Philadelphia".
· O estudo ACTG076 mostra uma redução do risco de transmissão da mãe para o bebê.
· Começa a ser estudado um novo grupo de drogas para o tratamento da infecção, os inibidores de protease.
· Realização em Paris, em dezembro, do “Paris AIDS Summit”, que teve, como uma das propostas, o princípio do GIPA (Greater Involvment of People Living with HIV/AIDS) nas políticas locais, regionasi e globais de AIDS.


1995:

· Aprovado o Saquinavir, o primeiro inibidor de protease.
· Lançados os medicamentos d4T e 3TC.

1996:

· Os coquetéis triplos, incluindo inibidores de protease que impedem a replicação do HIV no corpo, são anunciados na 11ª Conferência Mundial de Aids em Vancouver, Canadá.
· Transformação o Programa Global de AIDS ( Global Programme on AIDS) em Programa Conjunto das Nações Unidas em HIV/AIDS (Joint United Nations Programme on HIV/AIDS, UNAIDS).
· O cientista belga Peter Piot assume como Diretor Executivo da UNAIDS.
· Realização em Vancouver no Canadá, da XI Conferência Internacional de AIDS.
· Intodução da Highly Active Antiretroviral Therapy (HAART).
· Criação do Grupo de Cooperação Técnica Horizontal em HIV/AIDS entre Países da América Latina e Caribe (GCTH), que congrega os programas nacionais de AIDS.
· David Ho, importante pesquisador de AIDS, ganha o prêmio “O Homem do Ano” da Revista “Time”.

1997:
· Ano que a UNAIDS reconhece, em sua cronologia dos 20 anos de HIV/AIDS, que o Brasil é o primeiro país em desenvolvimento a distribuir a terapia anti-retroviral através do sistema publico de saúde.

1998:
· Inicia-se nos EUA, o primeiro teste em humanos de uma vacina anti-AIDS.
· Laboratórios multinacionais processam o governo da África do Sul, que havia aprovado uma lei que permitia o país de comprar medicamentos genéricos mais baratos para a AIDS.
· Realização da XII Conferencia Internacional de AIDS em Genebra (Suíça).
· Cientistas copiam a estrutura cristalina da proteína GP120, usada pelo HIV para destruir células do sistema imunológico e atacar o organismo.
· Morre em setembro, em um acidente aéreo , Jonathan Mann.

1999:
· Um chimpanzé chamado Marilyn ajuda a confirmar que o vírus da aids foi transmitido primeiramente para as pessoas através de chimpanzés. Testes genéticos mostram que o HIV é bastante similar ao vírus da imunodeficiência simiana, ou SIV, que infecta os macacos, mas não os deixa doentes.
· O francês Laurent Fabius é julgado por homicídio culposo, por ter protelado o exame de detecção do HIV na França no ano de 1985.
· Começa, na Tailândia, o primeiro teste de eficácia de uma potencial vacina anti-HIV.
· A organização "Médicos sem fronteiras", que desde 1999 está implementando a campanha " Acess to Essential Medicines", recebe o Prêmio Nobel da Paz.
· A UNAIDS estima que 33 milhões de pessoas, em todo o mundo, estão vivendo com HIV/AIDS.

2000:
· A 4172º Reunião do Conselho de Segurança da ONU, realizada em julho, aprova a Resolução 1308 (2000) que coloca a AIDS como uma questão de segurança global.
· Morre em Janeiro, em Bogotá, Colômbia, Henri Ardila, uma liderança no movimento de pessoas que vivem com HIV/AIDS, foi presidente da Liga Colombiana de Lucha Contra el SIDA e, pouco antes de morrer, havia sido nomeado chefe do Programa Nacional de AIDS da Colômbia.
· Morre, em outubro, em Nova Iorque, Luis Gauthier, uma liderança no movimento gay na região da América Latina, integrava o grupo chileno, LAMBDA e foi representante das ongs das regiões da América Latina e Caribe no PCB ( Programme Coordinating Board) da UNAIDS. Foi também um dos articuladores do ASICAL ( Associación para La SAlud Integral y Ciudadania em America Latina).
· Cresce a preocupação sobre os efeitos colaterais dos medicamentos anti-retrovirais e com isso, caiu por terra a idéia de "bater cedo e forte" no HIV, com revisão de critérios para inicio do tratamento.
· Realização da XIII Conferência Internacional de Aids em Durban (África do Sul)
· Ganha força a discussão sobre o acesso aos medicamentos nos países pobres , sobretudo o Continente Africano.
· Relatório da UNAIDS/OMS menciona o número de 36,1 milhões de pessoas com HIV/AIDS em todo o mundo.

2001:
· Em fevereiro, a Organização Mundial do Comércio (OMC) aceita o pedido dos EUA, de abertura de um painel contra o Brasil. Os EUA questionam a lei de Propriedade Industrial Brasileira (Lei n º 9.279, de 14 de maio de 1999), tendo, como principal motivo, a produção nacional de ARVs.
· 5 de março, tendo à frente ativistas em HIV/AIDS, é declarado “Dia Global de ação”, em solidariedade à África do Sul..
· Em abril, as 39 companhias farmacêuticas retiram o processo que moviam contra o governo sul-africano.
· No “African Summit for HIV/AIDS, TB and other Infectious Diseases”, que aconteceu em Abril, na Nigéria, o Secretário Geral da ONU, Kofi Anan, propõe a criação de um fundo global para a AIDS e outras doenças infecciosas.
· A 57º Sessão da Comissão de Direitos Humanos da ONU aprova, em abril, a Resolução 2001/33 intitulada "Acesso a Medicamentos no Contexto de Pandemias como o HIV/AIDS" .
· Realização em Nova Iorque , em junho, da Sessão Especial da Assembléia Geral da ONU sobre HIV/AIDS.
· A “ Declaration of Commitment on HIV/AIDs”, resultado da sessão Especial da Assembléia Geral da ONU sobre HIV/AIDs, menciona que 90% dos casos de AIDS estão nos países subdesenvolvidos.
· Os EUA retiram em junho, a queixa contra o Brasil na OMC.
· Em junho, a Organização Internacional do Trabalho (International Labour Organization) lança um código de condutas relacionado à AIDS para empresários, governos e trabalhadores.
· Thabo Mbeki, presidente da África do Sul, ainda nega que o HIV causa a AIDS.
· Em novembro, a China realiza a sua primeira conferência nacional de AIDS.
· 32 mil pessoas de 163 países e territórios, assinam a petição " Health Before Wealth", parte da campanha de acesso a medicamentos "Cut the Cost", da OXFAM (The Oxford Commitee for Famine Relief).
· Na “The Fourth World Trade Organization Ministerial Conference”, realizada em novembro , em Doha, Qatar,é aprovada uma declaração em que torna possível que, em situações de emergência nacional, em saúde pública, seja aplicado o licenciamento compulsório.
· Em dezembro, a Suprema Corte de Pretória determina que o governo nsul-africano distribua medicamentos para AIDS para mulheres grávidas visando reduzir a transmissão por Hiv da mãe para a criança.
· Em dezembro o governo sul-africano apela com relação a ordem judicial de distribuir medicamentos para a AIDs para mulheres grávidas.
· Relatório da UNAIDS/OMC menciona o número de 40 milhões de pessoas vivendo com HIV/AIDS em todo o mundo. O número estimado de mortes em 2001 foi de três milhões de pessoas.

2002:
· É criado o Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária a fim de combater as três doenças infecciosas.
· Em um relatório que indica que a epidemia de aids ainda apenas engatinha, a ONU diz que a síndrome vai matar 70 milhões de pessoas nos próximos 20 anos, principalmente na África, a menos que países ricos cooperem com os esforços para conter a disseminação.
· Realização da XIV Conferência Internacional de Aids em Barcelona (Espanha)

2003:
· Eua aprova a venda de Fuzeon (T20), através da Agência Federal para Segurança de Medicamentos e Alimentos (FDA), para adultos e crianças com mais de seis anos de idade.

2004:
· Realização da XV Conferência Internacional de Aids em Bangkok (Tailândia).

2005:

· Nelson Mandela anuncia que seu filho, Margatho Mandela, morreu de AIDS.
· A Cruz Vermelha do Canadá assume a culpa pela distribuição, na década de 80, de sangue contaminado. Mais de mil pessoas foram infectadas com o vírus HIV. Pelo menos 20 mil pessoas contraíram hepatite C. O número de mortos chegou a 3 mil. Em 1997, um inquérito criticou a instituição, que administrou os bancos de sangue por duas décadas e foi substituída.

Fonte:
Centro de pesquisas históricas IBVV

http://www.ibvivavida.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=61&Itemid=70&9a0eb4d3963199475069fd8a4bcd9ac5=cubdrbba

História da AIDS no BRASIL

Câmara aprova punição para quem discriminar portador de HIV

Projeto que estabelece pena de um a quatro anos de prisão.
Texto agora seguirá para votação no Senado.


O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça – feira (18), o projeto de lei 6124/05, que estabelece pena de um a quatro anos de reclusão para quem discriminar portadores do vírus do HIV.  O projeto seguirá para votação no Senado.
O texto define como crime negar trabalho e atendimento de saúde a uma pessoa com Aids, discriminar ou impedir que essas pessoas frequentem creches ou estabelecimentos de ensino, além de divulgar a condição do portador de HIV com a intenção de constrangê-lo.
Os deputados retiraram do texto o inciso que classificava como crime “exonerar ou demitir de cargo ou emprego” em função do HIV.
O deputado Edmar Arruda (PSC – PR), autor do destaque, argumentou em plenário que a redação poderia “criar uma complicação jurídica.
"“Não se trata de ser contra o projeto, mas de criar uma indústria de ações trabalhistas que essa ação vai provocar. Não podemos imputar ao empregador essa responsabilidade”", disse.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/10/camara-aprova-punicao-para-quem-discriminar-portador-de-hiv.html

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mitos e verdades da aids

Apesar da evolução nas formas de tratamento e prevenção, a aids continua sendo uma ameaça significativa aos brasileiros. Estima-se que existam entre 460 mil e 810 mil pessoas contaminadas pelo vírus, de acordo com as Nações Unidas.

Uma as principais formas de combater a doença é o investimento em prevenção, afirmam os especialistas. “Outra forma é com o diagnóstico precoce, para que o tratamento comece cedo e impeça que o vírus faça a doença se manifestar”, afirma o sanitarista Artur Kalichman, adjunto do Programa Estadual DST/AIDS.

Por conta do Dia Mundial de Luta contra AIDS, celebrado hoje (1/12), acontece em São Paulo a campanha “Fique Sabendo”, com testes rápidos em gratuitos em diversas cidades.

Mesmo com o primeiro diagnóstico da doença feito há quase 30 anos, ainda existem dúvidas e muito preconceito em torno da epidemia. O iG reuniu uma série de mitos e verdades, com material de entrevistas e do departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Tire suas dúvidas!

AIDS e HIV são a mesma coisa.
Errado. AIDS é a doença causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico do portador. É possível passar muitos anos com o vírus e sem a doença manifestada. Mas isso não impede sua transmissão por relações sexuais ou pelo contato com sangue contaminado.

Ainda existem grupos de risco.
Errado. Hoje existem comportamentos de risco, como sexo desprotegido, uso de drogas injetáveis, contato com sangue ou com objetos cortantes contaminados. A ideia dos grupos de risco surgiu no início da epidemia, quando a doença se alastrava entre homossexuais, hemofílicos e dependentes químicos. Mas essa distinção logo se mostrou inapropriada.


Sexo oral transmite HIV.
Certo. O contato com os fluídos durante o sexo oral pode transmitir o vírus HIV. Tal prática deve ser realizada com preservativo.

O risco de contágio pelo sexo anal é maior.
Certo. Como a mucosa anal é mais frágil do que a vaginal, o risco de contágio é maior.

Toda gestante soropositiva vai transmitir o vírus HIV durante o nascimento.
Errado. É possível evitar a transmissão vertical (de mãe para filho) com pré-natal adequado. A mãe deve ter baixa carga viral e boa imunidade. São ministrados antirretrovirais ao longo da gestação.

A camisinha é segura contra o vírus HIV.
Certo. Estudos norte-americanos já ampliaram o látex, material do preservativo, em 30 mil vezes e não detectaram nenhum poro pelo qual o vírus pudesse passar. A camisinha continua sendo o método preventivo mais recomendado porque também evita outras doenças sexualmente transmissíveis e serve como forma barata e simples de evitar uma gravidez indesejada.

A manifestação da AIDS pode ser fatal para o portador.
Certo. A doença é marcada pela fase mais avançada da infecção, quando a imunidade se torna muito baixa e permite o ataque de doenças oportunistas. Debilitado, o paciente pode não resistir a problemas como hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Mas há como impedir isso. Se o vírus for detectado na fase em que os sintomas não se manifestaram, é possível começar o tratamento para fortalecer o sistema imunológico e enfraquecer o vírus. Por isso é recomendado o teste sempre que a pessoa for exposta a alguma situação de risco.

Uma pessoa pode ser acusada na Justiça de transmitir o vírus HIV ao seu parceiro.
Certo. Existe essa possibilidade, mas ela requer algumas condições bem específicas. É preciso provar que houve intenção de contaminar o parceiro e que ele foi, de fato, contaminado ou exposto ao risco. A questão é polêmica e divide especialistas. O Ministério da Saúde, por exemplo, é contrário à criminalização do portador por julgar tal postura favorável ao aumenta da discriminação.

Quem é portador do HIV deve sempre revelar sua condição.
Errado. Como existe muita discriminação em torno da aids, os especialistas recomendam revelar a condição apenas quando o portador se sentir seguro para isso. O mesmo vale para relações amorosas, embora revelar a situação ao parceiro seja uma forma de compartilhar as dificuldades e de ter apoio contra a doença.

A AIDS também ameaça pessoas casadas ou em relacionamentos estáveis.
Certo. “A sociedade ainda é muito machista e permite ao homem determinados comportamentos não permitidos às mulheres”, afirma o sanitarista Artur Kalichman, adjunto do Programa DST/AIDS. Ele explica que as relações extraconjugais, muitas vezes, são a causa da entrada do vírus em relações estáveis. Cabe ao casal, segundo ele, estabelecer formas de prevenção e elos de confiança.

Os homossexuais têm uma prevalência alta do vírus HIV.
Certo. “Ela está em torno de 10% no País”, conta Kalichman. “Não é discriminação, é uma constatação que nos mostra a necessidade de políticas públicas voltadas a este público”, completa.

A circuncisão reduz o risco de contágio do HIV.
Certo. Pesquisas indicam que a circuncisão pode reduzir em cerca de 50% o risco de contágio em homens heterossexuais. Contudo, a melhor forma de prevenção ainda é o uso de preservativos.

Um beijo na boca pode transmitir HIV.
Errado. Isso só vai acontecer se a pessoa estiver com sangramento considerável, pois a saliva tem várias substâncias prejudiciais ao vírus. O risco é menor de 0,1%.

O “coquetel do dia seguinte” pode impedir o contágio após exposição ao vírus.
Certo. Mas nem sempre a medida é eficaz. Os antirretrovirais são usados na prevenção da transmissão vertical (mãe para filho, no nascimento) e em caso de violência sexual e de exposição de profissionais de saúde. Seu uso deve ser feito até 72 horas após a exposição.
Fonte: IG
http://hivempauta.wordpress.com/tag/aids/
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Pesquisadores desenvolvem nova vacina contra aids; confira mitos sobre doença

Uma equipe de pesquisadores espanhóis criou um protótipo de vacina contra o HIV “muito mais potente” que os desenvolvidos até agora ao redor do mundo e que conseguiu uma resposta imune para 90% das pessoas sadias que foram expostas ao vírus.

A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira (28) em entrevista coletiva pelos responsáveis pela pesquisa, Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC); Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, e Juan Carlos López Bernaldo de Quirós, do Hospital Gregorio Marañón de Madri.

Após manifestarem uma grande eficácia em ratos e macacos, os testes começaram a ser aplicados em seres humanos há cerca de um ano. Nesta primeira fase, a vacina foi aplicada em 30 pessoas sadias, escolhidas entre 370 voluntários.

Durante o teste, seis pessoas receberam placebo e 24 a vacina. Estas últimas apresentaram “poucos” e “leves” efeitos secundários (cefaleias, dor na zona da injeção e mal-estar geral). Por isso, é possível afirmar que “a vacina é segura para continuar com o desenvolvimento clínico do produto”, ressaltou Quirós.

Em 95% dos pacientes, a vacina gerou defesa (normalmente atinge 25%) e, enquanto outras vacinas estimulam células ou anticorpos, este novo protótipo “conseguiu estimular ambos”, destacou Felipe García.

Para completar, em 85% dos pacientes as defesas geradas se mantiveram durante pelo menos um ano, “que neste campo significa bastante tempo”, acrescentou.

Na próxima etapa, os pesquisadores realizarão um novo teste clínico, desta vez com voluntários infectados pelo HIV. O objetivo é saber se o composto, além de prevenir, pode servir para tratar a doença.

“Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV para ver se serve para curar. Geralmente, os tratamentos antirretrovirais (combinação de três remédios) devem ser tomados rigorosamente, algo insustentável em lugares tão afetados pela aids como a África”, apontou García.


O protótipo da vacina, batizado como MVA-B, recebe o nome do vírus Vaccinia Modificado Ankara (MVA, na sigla em inglês), um vírus atenuado que serve como modelo na pesquisa de múltiplas vacinas Até agora, o único teste de vacina contra o HIV que chegou à terceira fase foi realizado na Tailândia. As duas primeiras fases testam a toxicidade do composto e sua eficácia, enquanto a terceira e a quarta examinam a posologia do remédio.

O protótipo da vacina, patenteado pelo CSIC espanhol, está sendo elaborado para combater o subtipo B do vírus da aids, de maior prevalência na Europa, Estados Unidos, América Central e do Sul, além do Caribe. Na África e Ásia, o vírus mais comum é o subtipo C.

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Ativistas do Mercosul defendem parceria para compra e venda de antirretrovirais

Enquanto no Brasil são produzidos nacionalmente vários medicamentos que compõem o coquetel antiaids e, no caso de importação, a grande quantidade comprada pelo governo possibilita melhores condições de preços, em outros países da América Latina o custo dos antirretrovirais – essenciais para vida das pessoas com HIV – é bem mais alto.
Reunidos em São Paulo nessa sexta e sábado para a reunião do Fórum Mercosul, representantes da sociedade civil que atuam contra aids no Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile, Venezuela, Peru e Uruguai defenderam a possibilidade de uma negociação conjunta na compra de antirretrovirais importados, assim como a criação de meios que facilitem a venda do produto entre os países da América do Sul.
A ideia foi partilhada pela presidente do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (GAPA) de São Paulo, Áurea Abbade, aos internautas que assistiram ao programa Cidadania em Destaque neste domingo.
Além de Áurea, que é uma das organizadoras do Fórum Mercosul em São Paulo, participaram do programa transmitido pela AllTV, Mario Burgos, ativista na Argentina; Andrés Caballero (Bolívia), Mirta Diaz (Paraguai), Julia Campos (Peru), e Marisol Alves (Uruguai).
Entre os principais interesses em comum na região estão a sustentabilidade do tratamento antirretroviral e a prevenção do HIV nos jovens, sobretudo nas mulheres, e nos idosos.
De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids) – órgão que financiou o Fórum Mercosul em São Paulo -, a prevalência média do HIV na região é bem parecida, variando, por exemplo, de 0.2% e 0.3% da população adulta na Bolívia e Paraguai, respectivamente, a 0.5% e 0.6% na Argentina e no Brasil.
O programa Cidadania em Destaque, produzido pelo Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo, é apresentado pelo Presidente dessa rede de organizações não governamentais, Rodrigo Pinheiro, e transmitido sempre aos domingos às 11h.
Fonte: Agência de Notícias da AIDS

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Seminário nacional sobre a epidemia de AIDS no Brasil acontecerá em Salvador

Trinta anos se passaram desde que o vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi relato pela primeira vez ao mundo. Para promover o debate sobre esse período histórico e traçar reflexões mais embasadas sobre os rumos do HIV/Aids, que hoje é considerada uma pandemia,  pesquisadores de todo Brasil e representantes de movimentos sociais se reunirão em Salvador no I Seminário Nacional sobre Dilemas Contemporâneos da Epidemia da AIDS, no Hotel Pestana, entre os dias 11 e 14 de outubro.
De acordo com o Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS da Bahia (GAPA-BA), organizador do evento, um dos motivos que preocupam os especialistas é o fato de que o índice de mortalidade por HIV no Brasil ainda é preocupante. A doença atinge principalmente jovens de 13 a 24 anos. De acordo com dados do último boletim epidemiológico, nos últimos 10 anos foram registrados uma média de 589 óbitos, por ano, somente entre jovens.
As mesas temáticas, palestras e debates deverão também abordar os avanços no tratamento, especialmente com a criação de novos remédios. Além disso, os impactos sociais, como a questão do respeito aos Direitos Humanos,  a difusão da informação no sentido de fortalecer a prevenção e o papel hoje cumprido pelas políticas públicas também terão destaque na programação. A expectativa é que o encontro, que conta com a parceria do Departamento Nacional de DST-HIV/Aids e a Coordenação Estadual de DST/AIDS da Bahia,  reúna 250 participantes.
Para maiores informações sobre inscrição, o interessado em participar pode entrar em contato com a organização através do número (71) 3328-9200 ou pelo email encontros2011@yahoo.com.br.
Fonte: Correio 24 Horas

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Número de casos de Aids preocupa saúde pública

O último Censo do IBGE indica que o Estado (PR) tem 1.316.554 de habitantes com mais de 60 anos (números de 2010). Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério Público do Paraná, através do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos do Idoso, quando foi feita uma avaliação sobre a situação da população idosa paranaense. O levantamento feito pelo MP-PR, em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso e a Associação dos Municípios do Paraná, traz dados a respeito das políticas públicas que cada cidade paranaense tem adotado para atender essa faixa da população, informações sobre os conselhos municipais de direitos dos idosos e entidades de longa permanência (asilos), formas alternativas de asilamento, entre outras.
Em Ponta Grossa vivem cerca de 20 mil pessoas com idade acima dos 60 anos, conforme dados do IBGE de 2010. Mas, apesar das várias atividades desenvolvidas, o município não conta com um Conselho do Idoso. E uma das maiores preocupações dos setores de saúde é com o aumento das doenças sexualmente transmissíveis entre este público. Com as melhorias das condições de vida os idosos estão mais saudáveis e sexualmente mais ativos e isso acaba gerando alguns riscos.
Fonte: JMNEWS

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Exercícios ajudam a controlar efeitos colaterais do tratamento de Aids

Uma pesquisa da Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto comprova que a prática regular de exercícios físicos ajuda a melhorar a qualidade de vida de portadores de HIV e atenua os efeitos colaterais de remédios usados no tratamento da Aids.
A prática de exercícios controla a lipodistrofia – distribuição irregular da gordura pelo corpo – causada pelos remédios e que atinge 50% dos pacientes com Aids.
“Há dois tipos de lipodistrofia”, afirma a orientadora da pesquisa, Ana Paula Moraes Fernandes. “Pode haver a diminuição da gordura da face, dos braços, das pernas e das nádegas ou, por outro lado, pode haver o acúmulo de gordura”, explica.
Os pacientes também podem desenvolver arteriosclerose, doenças cardiovasculares e ter infartos ou derrame, além de diabetes porque aumenta a glicemia.
A pesquisa, que começou em junho de 2010, monitora os índices de colesterol e triglicérides antes e depois de três meses de exercícios, somando 36 sessões. Os exames devem seguir até junho de 2013, em 40 pacientes.
Os resultados até o momento mostram que as taxas diminuem e o sistema imunológico é fortalecido. Também houve uma distribuição da taxa de gordura pelo corpo.
O autônomo Ruy Rego Barros participou da pesquisa e atestou os resultados. Depois de um mês de exercícios, pode suspender um medicamento para o controle do triglicérides.
Segundo os pesquisadores, os exercícios também melhoram a auto-estima dos pacientes, o que nterfere diretamente no sucesso do tratamento dos sintomas da Aids.
Fonte: EPTV

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cresce o contágio da AIDS entre jovens gays e idosos

Na sala escura da boate gay e nos encontros marcados após o baile da terceira idade, os homens brasileiros de todas as idades e orientações sexuais têm deixado a camisinha de lado e, por isso, crescido nas estatísticas da aids.

O novo boletim do Ministério da Saúde, que mapeia os casos de contaminação pelo vírus HIV, revela a vulnerabilidade generalizada, impulsionada pelo uso de drogas – seja o ecstasy ou o Viagra.
A proporção de registros entre homossexuais de 13 a 24 anos bateu recorde. Este grupo, em 2010, somou 35,1% do total de infecções masculinas na faixa etária, a maior taxa desde o início da epidemia, em 1980. Simultaneamente, entre os mais maduros, os heterossexuais são maioria dos infectados e acima dos 30 anos representam 43%.
“Não há orientação sexual de risco e sim comportamento perigoso para a aids, muito influenciado pelo abuso de álcool. E os homens, de forma geral, têm negligenciado bastante o preservativo. É um panorama alarmante”, afirma um dos principais infectologistas do País, Artur Timerman, que atua nas redes públicas e privadas de saúde. No último ano, entre seus pacientes, há um casal de 14 e 15 anos, ambos soropositivos e uma senhora de 82 que adquiriu o vírus do marido, de 78 anos.
Indiferenças
No início do mês, J.F, 31 anos, morreu e o atestado de óbito teve origem na infecção do vírus HIV, descoberta tarde demais para que os coquetéis de remédios fizessem efeitos e revertessem o quadro.
Homossexual – assumido para os amigos e escondido da família – ele sempre teve medo de fazer o teste para confirmar se as transas desprotegidas tinham mesmo resultado na infecção. Emagreceu, mas só quando as diarreias ficaram constantes procurou o médico.
Jovem bem sucedido na profissão de comunicação, solteiro, nunca foi promíscuo, mas também nunca exigiu proteção em suas relações sexuais eventuais, acertadas em maioria nos encontros no centro paulistano – uma das regiões com alta concentração de casas noturnas para o público gay.
Em uma destas boates, inclusive, que conta com o chamado “dark room” (sala escura em que tudo pode acontecer mas onde só entra quem quer) a falta de temor com as doenças sexualmente transmissíveis (DST) fica exposta no chão. “Eles (a casa) até distribuem camisinha para quem vai entrar. Mas os preservativos ficam fechados e lacrados, jogados no fim da noitada e recolhidos pelo pessoal da faxina”, conta um dos frequentadores.
A indiferença com a possibilidade de contrair aids ou qualquer outra DST também marca os encontros dos “cinquentões” heterossexuais. “Minha geração não aprendeu a usar camisinha. Eu, até descobrir ser soropositivo, nunca tinha usado uma vez sequer e tinha uma média de 18 parceiras por ano”, conta S.C., 59 anos, que trabalha com comércio exterior, mora na zona oeste paulistana e é um autodefinido “apaixonado pelas mulheres”.
Agora, ele não só aprendeu a usar medicamentos para a disfunção erétil, como após a ereção garantida, cobri-la com preservativo. “Podia ter aprendido antes. Mas tenho amigos que mesmo acompanhando de perto o meu caso continuam deixando a camisinha como um enfeite na carteira.”
Pré ou pós 80’s
Os maiores de 50 e os menores de 30 fazem parte de gerações que ou eram pequenos demais para lembrar os tempos mais árduos da aids ou já estavam maduros o suficiente para sentirem os impactos diretos que a epidemia provocou nos filhos dos anos 70.
Mas nesta primeira década dos anos 2000, os mais velhos e os mais novos foram colocados no alvo do HIV e, ao mesmo tempo, convivem com a falsa ideia de que para “tratar a doença só é preciso tomar um remedinho”, afirma o infectologista Jean Gorinchteyn do Instituto Emílio Ribas, uma das referências nacionais do tratamento da aids.
“O preservativo continua encarado como uma necessidade só para evitar gravidez, portanto desnecessário para quem tem relações homossexuais ou está fora da faixa da fertilidade”, completa Gorinchteyn, que coordena um ambulatório só para soropositivos maiores de 50 anos, onde 60% são homens e oito em cada dez casados com mulheres.
“Um erro perigoso, porque nem tratar a aids é fácil e nem a camisinha tinha de ser vista só como um método contraceptivo. Aids não tem cura, tem tratamento complicado e pode matar”, alerta o médico. No País, são 27,3 mortes diárias por aids.
Medo de falhar
O desdém com a camisinha também tem como combustível o medo de falhar. A falta de jeito e de hábito em colocar o preservativo podem atingir em cheio a potência. “Ninguém quer ter fama de broxa”, contou um jovem de 27 anos, consumidor de drogas e que marca “rapidinhas” sexuais pelo celular.
Mesma aflição foi relatada por um recém-viúvo, de 75 anos, que não tinha relações com penetração plena há 8 anos com a esposa e se viu no papel de adolescente quando uma mulher 20 anos mais jovem, conhecida no bailão do clube, deu a entender que gostaria – e aceitaria – ir para cama com ele.
Este temor tenta ser curado com remédios em prol da potência (para disfunção erétil) ou que prometem ampliar a sensibilidade (entorpecentes sintéticos), influenciando ainda mais no comportamento de risco. O resultado é a ampliação do desuso da camisinha. No Brasil, seis em cada dez homens admitem não utilizar a proteção em todas as relações sexuais, conforme contabilizou o Ministério da Saúde.
Embriagado
Entre os desprotegidos, estão os que sabem ser portadores do vírus HIV e ainda assim mantêm relações sexuais sem camisinha. “Eu contei a uma amiga que tinha o vírus e ela bateu o pé para a gente não transar de preservativo, porque era melhor”, conta S.C.
Sobre os “kamikazes” sexuais, o professor de clínica médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Olzon – e médico especializado em aids – diz que este comportamento revela falta de ética e preocupação com o outro, duas posturas típicas do novo tempo. “Precisamos rever como tratar estes casos. São como pessoas embriagadas, que pegam o automóvel e dirigem a 300 km por hora. Será mesmo que elas não sabem que vão fazer vítimas”, deixa Olson a pergunta no ar.
http://www.aidshiv.com.br/cresce-o-contagio-da-aids-entre-jovens-gays-e-idosos/

Gatos podem ajudar no combate à AIDS

Pesquisadores descobriram que um gene do macaco é resistente ao vírus FIV, que causa a AIDS nos felinos.


Cientistas norte-americanos tiveram avanços no desenvolvimento de tecnologias que podem combater a AIDS. De acordo com o site ABC News, os pesquisadores descobriram que um gene dos macacos é capaz de proteger os gatos contra a ação do vírus da imunodeficiência felina (conhecido como FIV), o qual ocasiona a doença nos animais – assim como acontece com o HIV nos humanos.

O estudo, liderado pelo Dr. Eric Poeschla em Rochester, no Estado de Minnesota, envolveu a inserção dos genes primatas que bloqueiam o vírus nos ovócitos dos felinos, antes de eles serem fertilizados. Em testes realizados com células retiradas dos gatos “transgênicos”, elas apresentaram resistência ao FIV.



"Isso oferece uma capacidade sem precedentes para estudarmos os efeitos do gene de proteção à AIDS em animais vulneráveis a esse tipo de doença", comentou Poeschla. Segundo o pesquisador, assim como o HIV age no organismo humano, o vírus da imunodeficiência felina infecta e agride as células T.

Essa enfermidade pode ser transmitida por mordidas, fato que a torna sua proliferação mais comum entre gatos selvagens, principalmente enquanto os machos lutam para defender seu território. Todavia, os felinos domésticos também podem ser afetados pelo FIV.


A principal ação desse tipo de vírus é a inibição das proteínas chamadas “fatores de restrição”, que são responsáveis pelo combate a infecções virais. Entretanto, algumas espécies de macacos possuem proteínas resistentes a tal tipo de ataque – o que levou os cientistas a iniciarem os experimentos publicados.

Para facilitar a identificação dos animais que sofreram a modificação genética, os pesquisadores também inseriram um gene das águas-vivas, que possuem uma tonalidade verde fluorescente. "Fizemos isso para marcar as células com facilidade, permitindo identificá-las só de olhar com um microscópio ou um foco de luz”, explicou o Dr. Eric Poeschla. O estudo foi veiculado na revista científica Nature Methods.


http://www.tecmundo.com.br/saude/13273-gatos-podem-ajudar-no-combate-a-aids.htm

sábado, 10 de setembro de 2011

Trinta anos da descoberta da Aids no mundo

Número de AIDS no Brasil

Dados do Boletim Epidemiológico Aids 2010 reforçam tendência de queda na incidência de casos de aids em crianças menores de cinco anos. Comparando-se os anos de 1999 e 2009, a redução chegou a 44,4%. O resultado confirma a eficácia da política de redução da transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê). Mas, em relação aos jovens, pesquisa inédita aponta que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV.
O levantamento feito entre jovens, realizado com mais de 35 mil meninos de 17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco anos, a prevalência do HIV nessa população passou de 0,09% para 0,12%. O estudo também revela que quanto menor a escolaridade, maior o percentual de infectados pelo vírus da aids (prevalência de 0,17% entre os meninos com ensino fundamental incompleto e 0,10% entre os que têm ensino fundamental completo).
O resultado positivo para o HIV está relacionado, principalmente, ao número de parcerias (quanto mais parceiros, maior a vulnerabilidade), coinfecção com outras doenças sexualmente transmissíveis e relações homossexuais. O estudo é representativo da população masculina brasileira nessa faixa etária e revela um retrato das novas infecções. “Por isso, estamos investindo cada vez mais em estratégias para essa população”, explica o diretor.
Atento a essa realidade, o governo brasileiro tem desenvolvido e fortalecido diversas ações para que a prevenção se torne um hábito na vida dos jovens. A distribuição de preservativos no país, por exemplo, cresceu mais de 100% entre 2005 e 2009 (de 202 milhões para 467 milhões de unidades). Os jovens são os que mais retiram preservativos no Sistema Único de Saúde (37%) e os que se previnem mais. Modelo matemático, calculado a partir dos dados da PCAP, mostra que quanto maior o acesso à camisinha no SUS, maior o uso do insumo.
A Saúde também atua na ampliação do diagnóstico do HIV/aids – que é uma medida de prevenção, já que as pessoas que conhecem a sua sorologia podem se tratar para evitar novas infecções. Em quatro anos (2005 a 2009), o número de testes de HIV distribuídos e pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mais que dobrou: de 3,3 milhões para 8,9 milhões de unidades. Da mesma forma, o percentual de jovens sexualmente ativos que fizeram o exame aumentou – de 22,6%, em 2004, para 30,1%, em 2008.
Aids no Brasil – Os novos números da aids (doença já manifesta) no Brasil, atualizados até junho de 2010, contabilizam 592.914 casos registrados desde 1980. A epidemia continua estável. A taxa de incidência oscila em torno de 20 casos de aids por 100 mil habitantes. Em 2009, foram notificados 38.538 casos da doença.
Observando-se a epidemia por região em um período de 10 anos – 1999 a 2009 – a taxa de incidência no Sudeste caiu (de 24,9 para 20,4 casos por 100 mil habitantes). Nas outras regiões, cresceu: 22,6 para 32,4 no Sul; 11,6 para 18,0 no Centro-Oeste; 6,4 para 13,9 no Nordeste e 6,7 para 20,1 no Norte. Vale lembrar que o maior número de casos acumulados está concentrado na região Sudeste (58%).
Atualmente, ainda há mais casos da doença entre os homens do que entre as mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Esse aumento proporcional do número de casos de aids entre mulheres pode ser observado pela razão de sexos (número de casos em homens dividido pelo número de casos em mulheres). Em 1989, a razão de sexos era de cerca de 6 casos de aids no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2009, chegou a 1,6 caso em homens para cada 1 em mulheres.
A faixa etária em que a aids é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 20 a 59 anos de idade. Chama atenção a análise da razão de sexos em jovens de 13 a 19 anos. Essa é a única faixa etária em que o número de casos de aids é maior entre as mulheres. A inversão apresenta-se desde 1998, com oito casos em meninos para cada 10 em meninas.
Em números absolutos, é possível ver como a redução de casos de aids em menores de cinco anos é expressiva: passou de 954 casos, em 1999, para 468, no ano passado. Quando todas as medidas preventivas são adotadas, a chance de transmissão vertical cai para menos de 1%. Às gestantes, o Ministério da Saúde recomenda o uso de medicamentos antirretrovirais durante o período de gravidez e no trabalho de parto, além de realização de cesárea para as mulheres que têm carga viral elevada ou desconhecida. Para o recém-nascido, a determinação é de substituição do aleitamento materno por fórmula infantil (leite em pó) e uso de antirretrovirais. A medida consta do Plano de Redução da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis, lançado em 2007 e pactuado com estados e municípios.
Em relação à forma de transmissão entre os maiores de 13 anos de idade prevalece a sexual. Nas mulheres, 94,9% dos casos registrados em 2009 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 42,9% foram por relações heterossexuais, 19,7% homossexuais e 7,8% bissexuais. O restante foi por transmissão sanguínea e vertical.
Apesar de o número de casos no sexo masculino ainda ser maior entre heterossexuais, a epidemia no país é concentrada. Isso significa que a prevalência da infecção na população de 15 a 49 anos é menor que 1% (0,61%), mas é maior do que 5% nos subgrupos de maior risco para a infecção pelo HIV – como homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo.
O coeficiente de mortalidade vem-se mantendo estável no país, a partir de 1998 (em torno de 6 óbitos por 100 mil habitantes). Observa-se queda no Sudeste, estabilização no Centro-Oeste e Sul. Norte e Nordeste registram queda no número de óbitos