segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Gel pode barrar HIV no sexo anal

Pesquisadores testam produto que é eficiente para proteção na relação vaginal

Um gel microbicida com a presença do gel antirretroviral Tenofovir, que é eficaz para impedir a infecção pelo vírus HIV por meio da vagina, também pode proporcionar um alto grau de proteção aos tecidos ânus. A conclusão é de um estudo divulgado nesta segunda-feira (28).

O estudo, baseado em exames de tecidos do reto de homens e mulheres que não têm o vírus da Aids, mostram pela primeira vez que o gel pode ajudar a reduzir o risco de infecção pelo HIV nas relações anais. Peter Anton, professor de medicina na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, que fez parte da equipe de pesquisas, diz que os cientistas estão "animados" com os resultados.

A pesquisa foi apresentada na 18º Conferência sobre os Retrovírus e as Infecções Oportunistas, que está sendo realizada em Boston. Ian McGowan, da Universidade de Pittsburgh, diz que "esses resultados são preliminares, mas podem ajudar a fixar as bases para os testes clínicos com géis microbicidas destinados ao reto, que já estão em andamento ou que serão feitos no futuro".

Os microbicidas aplicados no interior do reto ou da vagina são criados e testados para ajudar a prevenir ou reduzir o risco de transmissão sexual do HIV.

O risco de infecção com HIV durante as relações anais é pelo menos 20 vezes mais importante, devido ao fato de que a mucosa retal é formada por uma única camada de células, em comparação com os tecidos mais "grossos" da vagina.

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Brasil vai produzir genérico de remédio usado contra AIDS e hepatite

Novo tipo de nanopartículas pode gerar vacina contra a Aids

Partículas são capazes de conduzir proteínas sintéticas.
Descoberta pode levar a vacinas de várias doenças causadas por vírus.
Engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um novo tipo de nanopartículas que pode aumentar a segurança e a eficácia de vacinas contra várias doenças, entre elas a Aids. As partículas consistem de esferas oleosas capazes de conduzir versões sintéticas de proteínas normalmente produzidas pelos vírus. A pesquisa foi publicada pela “Nature Materials”.
Segundo Daniel Irvine, pesquisador que assina o artigo, essas partículas sintéticas obtêm uma resposta imunológica forte – em comparação às vacinas que usam vírus vivos –, mas são bem mais seguras. Ela está sendo testada em camundongos com uma vacina experimental contra a malária.
As vacinas protegem o corpo inserindo nele um agente infeccioso que faz o sistema imunológico reagir rapidamente se o encontrar novamente no futuro. Em algumas vacinas, como na da varíola ou na da poliomielite, é usado o vírus numa forma morta ou incapacitada. Em outras, como na da difteria, utiliza-se uma versão sintética ou outra molécula produzida por ele.
Quando uma vacina é produzida, os cientistas tentam acionar pelo menos um dos dois principais elementos do nosso sistema imunológico. Os linfócitos T atacam as células já infectadas, enquanto os linfócitos B produzem anticorpos que atacam vírus e bactérias presentes no sangue e em outros fluidos do corpo humano.
Para vírus que se alojam dentro das células, como é o caso do HIV, é preciso acionar os linfócitos T. A melhor forma de fazer isto é, de forma geral, usar o vírus morto ou incapacitado. No caso do HIV, no entanto, essa prática é perigosa demais.
Por isto, a ciência tem investido nas proteínas sintéticas, mas elas não obtêm uma resposta forte dos linfócitos T. É essa solução que Irvine espera ter encontrado. Em testes com camundongos, 30% de todas os linfócitos T dos animais imunizados se adaptaram especificamente à proteína da vacina. Segundo os cientistas que desenvolveram a pesquisa, esta é uma das melhores respostas já geradas.
No futuro, descoberta da nanopartícula poderá contribuir para o desenvolvimento de novas vacinas. “Definitivamente, há potencial suficiente e vale a pena explorá-lo com experimentos mais sofisticados e mais caros”, afirmou Irvine.

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/02/novo-tipo-de-nanoparticulas-pode-gerar-vacina-contra-aids.html

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Brasil tem um terço dos portadores de HIV da América Latina diz ONU

Segundo relatório, País tem entre 460 mil e 810 mil contaminados. Cerca de um terço dos portadores do  HIV na América Latina são brasileiros, segundo aponta um estudo sobre a epidemia global de Aids divulgado  pela ONU. A pesquisa, realizada pelo programa das Nações Unidas para a Aids (Unaids), também indica que 1,2 milhão de anos de vida de pacientes contaminados pelo HIV foram ganhos no Brasil entre 1996 e 2009, graças ao tratamento antirretroviral.

No entanto, segundo o estudo, a projeção do número de pessoas contaminadas com o vírus no Brasil cresceu nos últimos anos, ficando entre 460 mil e 810 mil pessoas em 2009, contra um mínimo de 380 mil e um máximo de 560 mil em 2001. Entre 360 mil e 550 mil dos infectados com HIV no Brasil têm 15 anos ou mais, segundo informa o relatório. Já o número de mulheres adultas contaminadas no país em 2009 ficou entre 180 mil e 330 mil.

O número de mortes relacionadas à Aids no Brasil ficou entre 2 mil e 25 mil em 2009, contra um mínimo de 7,2 mil e um máximo de 24 mil em 2001. Já o número de novas infecções em 2009 se situou entre 18 mil e 70 mil.

A pesquisa indica ainda que o Brasil é um dos países de média e baixa renda com melhor situação em termo de prioridade de investimento para a prevenção do HIV. Entre zero e um, o país obteve uma nota 0,8 no índice.

A estimativa do número de infectados com o HIV nas Américas do Sul e Central cresceu pouco nos últimos anos, passando de algo entre 1 milhão e 1,3 milhão em 2001 para entre 1,2 milhão e 1,6 milhão em 2009.

Números globais


O número estimado de portadores do HIV em todo o mundo, segundo a Unaids, é de 33 milhões de pessoas. Em 2009, foram registrados 2,6 milhões de novos casos - uma redução de 19% em relação ao pico da epidemia, em 1999.

Já as mortes relacionadas à Aids no mundo ficaram em 1,8 milhão em 2009, uma queda em relação aos 2,1 milhões de 2004. Segundo o estudo da ONU, o número de portadores do HIV com acesso a medicamentos antirretrovirais no mundo cresceu de 700 mil pessoas em 2004 para mais de 5 milhões em 2009.

A região da África subsaariana continua sendo a mais afetada pela epidemia no mundo. Estima-se que cerca de 70% das novas contaminações pelo vírus da Aids ocorram nesta parte do mundo. O relatório considera que a epidemia global de Aids foi revertida e está em tendência de queda. A questão mais importante, para a Unaids, é atingir as metas de "zero discriminação, zero novas infecções pelo HIV e zero mortes relacionadas à Aids".

Fonte: BBC Brasil

Mulheres jovens são o principal alvo da campanha de prevenção à Aids no Carnaval

As jovens de 15 a 24 anos de idade, com baixa escolaridade e renda, são o principal alvo da campanha publicitária de prevenção à Aids no carnaval deste ano. O Ministério da Saúde lançará a campanha na próxima sexta-feira (25).
De acordo com o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais (DST/Aids), a campanha terá duas fases. Antes do carnaval, o apelo é para o uso do preservativo nas relações sexuais. Depois do período da festa, a ideia é estimular a fazer o teste HIV para quem teve relação sexual desprotegida com parceiro casual ou fixo.
Desde 2008, as mulheres têm sido objetivo das campanhas nacionais de prevenção à Aids no Carnaval, porque levantamentos constatam aumento de casos da doença entre elas. Apesar de o número de homens com aids ser maior que o de mulheres no Brasil, a diferença entre os sexos vem diminuindo nos últimos anos. Em 1989, para cada seis homens infectados existia uma mulher. Em 2009, a proporção é de 1,6 caso em homens para uma mulher.
De 1980 a junho de 2010, 65,1% das infecções foram no sexo masculino (385.815) ante 34,9% do sexo feminino, o equivalente a 207.080 casos.
Entre os infectados, o grau de escolaridade das mulheres é mais baixo em comparação ao dos homens. A média delas é de quatro a sete de anos de escolaridade e, entre os homens, de oito a 11, conforme dados divulgados pelo departamento no dia 1º de dezembro do ano passado - Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/02/21/mulheres-jovens-sao-o-principal-alvo-da-campanha-de-prevencao-a-aids-no-carnaval.jhtm